Indicação de Alysson Paolinelli ao Nobel da Paz 2021 foi oficializada

 

 

A indicação de ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli para o  Prêmio Nobel da Paz 2021 foi oficializada no último dia 26 de janeiro, em coletiva organizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq). O nome de Paolinelli recebeu o apoio de mais de 100 cartas de representantes de instituições de 28 países. Ele foi ex- diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), hoje Universidade Federal de Lavras (Ufla).

A conversa com jornalistas contou com a presença do também ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e representantes de entidades ligadas ao agro, que formam um comitê para endossar a indicação do “pai da moderna agricultura brasileira”. Rodrigues enfatizou que uma eventual  vitória de Paolinelli será mais uma vitória da agricultura brasileira.

Na visão de Rodrigues, “Paolinelli é hoje o maior brasileiro vivo”, à frente do movimento que transformou o país, que na década de 1970 era um grande importador de alimentos, na maior potência agrícola do mundo.

Segundo Durval Dourado Neto, diretor da Esalq/USP, Paolinelli liderou a implantação da agricultura tropical no cerrado brasileiro, o que viabilizou o Brasil a alimentar 1,2 bilhão de pessoas num total de 7 bilhões no mundo, promovendo a paz mundial.

“Paolinelli teve atuação de grande destaque em toda a sua trajetória acadêmica e profissional. Não seria possível o desenvolvimento da pecuária no cerrado brasileiro sem as contribuições de Paolinelli”, destacou o professor.

Biografia

Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), especializou-se nos estudos sobre o potencial da região do Cerrado para a produção agrícola. Posteriormente, como professor, Alysson Paolinelli foi um dos líderes na federalização da ESAL em 1963 e, mais tarde (1966 a 1971) já como diretor da Instituição, possibilitou um ritmo de expansão próprio do dinamismo que é característico de seu perfil.

Paolinelli também foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo desenvolvimento do Proálcool. Foi ministro da Agricultura no governo Ernesto Geisel, de 1974 a 1979. Presidiu a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e elegeu-se deputado federal por Minas Gerais nas eleições de 1986, fazendo parte da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988. Foi secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais por três vezes, chefe da Delegação Brasileira na Conferência Mundial de Alimentos da FAO e presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior do Brasil.

Em 2006, Paolinelli foi laureado com o prêmio World Food Prize, que condecora personalidades que contribuíram significativamente para o aumento da qualidade e da quantidade de alimentos no mundo.

Hoje, é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e do Instituto Fórum do Futuro, além de embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

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