O crime que chocou Lavras na tarde deste domingo, dia 14, teve um desfecho trágico. A mãe da menina chamada Lydia, dois anos, que teria sido morta durante um assalto, confessou ter assassinado a própria filha a polícia após cair em contradição durante depoimento à polícia.
Segundo a polícia, Sabrina da Silva, 29 anos, deu duas versões sobre o crime, o que levantou a suspeita da polícia. Ela relatou em seu depoimento que havia sido assaltada e que a filha tinha sido ferida pelo assaltante. Ela contou que estava indo para a casa de uma amiga no bairro Novo Aguá Limpa, e resolveu passar por uma estrada vicinal que liga o bairro Fonte Verde à rodovia BR 265, onde teria sido abordada por um homem que portava uma faca. Ele anunciou o assalto e lhe roubou dinheiro e celular, desferindo um golpe no pescoço da menina, que ela não conseguiu impedir. Ela socorreu a criança, voltou para casa, e acionou a PM.
Em outro momento, ela afirmou que o crime teria ocorrido no interior de sua casa, quando o assaltante teria invadido o local e desferido o golpe em sua filha. A Perícia da Polícia Civil esteve na residência da mãe, onde recolheu diversos materiais: uma faca suja de sangue, tapete, pano de cozinha e a roupa que Sabrina vestia no momento do fato. A Polícia Militar acompanhou toda a movimentação do fato na residência da mãe, sendo responsável por levar a criança ser atendida no pronto Atendimento (PA), onde veio a óbito.
O pai, José Mauro Borges, e a mãe da criança, que são separados, prestaram depoimento na 1ª Delegacia de Policia de Lavras. O pai disse em depoimento que tinha a guarda da menina e que a mãe costumava ficar com ela aos domingos. Ele contou ainda que em datas anteriores Sabrina Silva entregou a menor com alguns ferimentos no corpo, entre eles na testa e um arranhão no pescoço, tendo ela relatado a ele que tal ferimento havia sido causado por um cachorro de estimação, mostrando fotos que estavam em seu celular.
O motivo apresentado por Sabrina para cometer o assassinato da própria filha foi a perda da guarda dela. Na última sexta-feira, o juiz decidiu, em audiência no fórum da cidade, que a guarda da criança ficaria com o pai. A garota já morava com ele. Em depoimento após confessar o assassinato, a mulher afirmou que, como ficaria longe da filha, preferia não ter mais a criança. Ela acabou presa em flagrante por homicídio e encaminhada, por volta das 4h desta segunda-feira, para um presídio de Lavras.
O corpo da criança está sendo velado na capela 3 do Velório São João Batista. O enterro está marcado para acontecer às 15h, no Cemitério Paroquial São Miguel.
