A delegada responsável pelo caso de assassinato de duas cabeleireiras em um salão de beleza de Lavras, Dra. Ana Paula Santana de Rezende Arruda, afirmou em entrevista exclusiva ao Lavras 24 Horas que o autor do crime, Márcio Antônio de Carvalho, também tinha ameaçado de morte um amigo das vítimas.
Jaqueline Rezende Alves Dutra, 31 anos, e Claudinéia Fátima de Moraes, 32 anos, foram baleadas no dia 3. A dupla mantinha um salão de beleza na rua Francisco Andrade, na região central. O crime foi cometido pelo ex-marido de Claudineia Fátima de Moraes, o caminhoneiro Márcio Antônio de Carvalho, 51 anos, que invadiu o estabelecimento armado e efetuou vários disparos contra as duas vítimas. Em seguida, ele saiu do salão, carregou o revólver e tirou a própria vida. Jaqueline Rezende Alves Dutra não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no local.
Dra. Ana Paula informou que o amigo mantinha uma ligação de amizade muito profunda com as sócias. O grupo costumava sair para se divertir. “Ele precisou se mudar de Lavras porque vinha sofrendo ameaças de morte por parte do ex-marido”, revelou.
As investigações também deram acesso a depoimentos importantes sobre o crime nos últimos dias. Testemunhas afirmaram que as vítimas eram amigas há muito anos. A intimidade fez com que o autor dos disparos ficasse hospedado na casa da irmã de Jaqueline Rezende Alves Dutra em certa ocasião. As investigações apontam ainda que Claudinéia gostava muito do ex-marido, com quem deixou um filho de oito anos, hoje sob a guarda da família. Segundo testemunhas, ele sofria de depressão.
Segundo a delegada, os tiros foram primeiramente disparados contra Jaqueline, que estava atendendo a uma cliente na entrada do salão de cabeleireiros. “Ele chegou atirando no local. Ele estava mais próxima Ele não aceitava o fim do relacionamento, foi depois disso que ele passou a ameaçar Claudinéia”. Os outros disparos atingiram a esposa Claudinéia Fátima de Moraes, que faleceu no dia 8, após permanecer internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Vaz Monteiro. A pedido da família, seus órgãos foram doados.
Ela informou que aguarda o laudo da perícia para encerrar o inquérito e encaminhar o caso para o Judiciário. Haverá extinção da punibilidade já que o autor do crime morreu.
