Um estudo realizado em 2023 pelo portal CupomVálido, com base em dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do site britânico Compare The Market, classificou o Brasil como o país com o segundo pior asfalto do mundo, ficando atrás apenas da Rússia .
Além disso, o Brasil também ocupa a segunda posição entre os piores países para se dirigir, considerando fatores como mortalidade no trânsito, congestionamentos e custos de manutenção dos veículos .
Causas da má qualidade
Especialistas apontam que o problema não está na qualidade do material asfáltico, mas sim na falta de manutenção e investimentos adequados. Diego Ciufici, superintendente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), destaca que 75% da produção nacional é escoada por rodovias, o que sobrecarrega a malha viária e acelera o desgaste .
Kamilla Vasconcelos Savasini, coordenadora do Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da USP, ressalta que muitos problemas nas vias são decorrentes de falhas estruturais nos projetos, que não consideram adequadamente as condições climáticas adversas .
Consequências e soluções
A má qualidade das estradas brasileiras tem impactos significativos, incluindo um custo anual estimado de R$ 12,19 bilhões devido a acidentes em rodovias federais, valor superior ao total investido em rodovias no mesmo período .
Para melhorar a situação, especialistas sugerem a adoção de políticas públicas que garantam investimentos adequados em infraestrutura, priorizando a qualidade na aplicação do asfalto e a manutenção regular das vias .
A melhoria da malha viária é essencial para reduzir acidentes, diminuir os custos de manutenção de veículos e melhorar a mobilidade no país.