Sul de MG têm índice de vacinação contra febre amarela abaixo de 80%

A chegada do fim do ano, com chuvas e temperaturas mais altas, já deixa a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais em estado alerta para os casos de febre amarela. A preocupação da vigilância epidemiológica é com o Sul de Minas, que tem o maior número de cidades com vacinação abaixo de 80% no estado – são 55.

A meta do setor é vacinar 95% da população, por isso a preocupação com os índices mais baixos. Depois do Sul de Minas, o Sudeste do estado tem 20 cidades abaixo de 80% e o Norte aparece com 19 municípios.

Outras cidades estão na lista de 55 municípíos da região, como Cabo Verde, Carmo do Rio Claro, Guaxupé, Cássia, Passos e Andradas. Nesta estatística, algumas cidades aparecem com níveis críticos de vacinação. É o caso de Santana do Jacaré, com 38,21% e Aiuruoca, com 43,90%.

“Geralmente, são pessoas bem resistentes à vacina. Já foi oferecida mais de uma vez; a pessoa realmente tem medo. Então, o serviço de saúde precisa de um convencimento maior”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica em Minas Gerais, Janaína Almeida.

No estado, o número de pessoas que não se vacinou chega a 1,8 milhão. A resistência em tomar a vacina, na visão de Janaína, também pode estar ligada ao fato do Sul de Minas não ter registrado surtos nos últimos anos.

Morte de macaco

No dia 11 de outubro, foi divulgado pela prefeitura de Varginha (MG) o resultado do exame que confirmou a presença do vírus da febre amarela em um macaco encontrado morto. O animal foi localizado próximo ao zoológico e ao Parque Novo Horizonte no dia 5 de setembro.

A confirmação fez a prefeitura interditar temporariamente os dois locais e intensificar a campanha de vacinação. Segundo o último relatório a Secretaria de Estado de Saúde, divulgado em 20 de novembro, Varginha tinha chegado aos 83,20%, ainda abaixo da meta de 95%.

“A preocupação agora em 2019 com o Sul é porque as mortes de macacos já estão acontecendo. A gente tem essa morte de macaco confirmada por febre amarela em Varginha, por exemplo. E isso significa que o vírus está circulando”, declara a diretora.

Ações direcionadas

Segundo a Vigilância Epidemiológica da SES, o trabalho já é direcionado ao longo do ano para a região. As principais ações são a emissão de boletins epidemiológicos, emissão de alertas para as regionais de saúde e ainda conferências com profissionais para intensificar a vacinação.

Os alertas do setor, agora, levam em consideração a sazonalidade da doença, já que dezembro e janeiro aparecem como meses em que o mosquito Aedes aegypti tem mais contato com humanos.

“Mas a chamada é constante para a população se vacinar. A vacina está disponível nas unidades básicas. Todo mundo tem que ter pelo menos uma dose ao longo da vida. Reforçamos essa chamada, esse alerta para os profissionais e a população”.

Fonte: G1

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