O mercado regulado de apostas esportivas no Brasil segue em expansão, e os números mais recentes revelam quais modalidades e campeonatos atraíram mais atenção dos apostadores em agosto, além de detalhar o perfil socioeconômico predominante nesse segmento.
De acordo com levantamento divulgado pela KTO, o futebol segue absoluto como a modalidade preferida para aposta esportiva, reunindo mais de 83% dos usuários ativos e 88% das apostas realizadas.
Entre os campeonatos, o Brasileirão liderou o interesse, com quase 12% do volume total de apostas, seguido pela Série B(5,1%) e pela Copa Libertadores (4,5%). Competições internacionais, como a Premier League (3,9%) e a La Liga espanhola (3,2%), também figuraram entre os principais torneios explorados pelos apostadores.
O estudo mostra ainda um crescimento relevante em modalidades como futsal, que registrou alta de 61,6% em participação, e basquete, com avanço de quase 30%. Nos times, Flamengo, Botafogo e Cruzeiro aparecem como os mais selecionados, com destaque para o clube rubro-negro, que concentrou 5,4% das apostas.
Paralelamente, dados da pesquisa sobre o perfil do apostador brasileiro em 2025 revelam um público diversificado. A faixa etária predominante é de 25 a 40 anos, representando 42,1% do total, seguida por jogadores entre 41 e 56 anos (24,6%). Em termos de gênero, 59% são homens e 41% mulheres.
A classe média concentra a maior parte dos apostadores: 47% estão entre as faixas C1 e B1. O nível de escolaridade também é elevado: nove em cada dez apostadores têm pelo menos ensino médio completo, e quase 30% concluíram o ensino superior.
O comportamento de apostas mostra que a maioria participa ocasionalmente ou algumas vezes por mês, mas uma parcela de 12,6% realiza apostas diárias. O gasto médio individual é baixo: 63% movimentam até R$ 100 por operação, o que indica preferência por valores reduzidos.
O balanço da Secretaria de Prêmios e Apostas confirma a dimensão do setor. Somente no primeiro semestre de 2025, 17,7 milhões de brasileiros participaram de apostas de quota fixa, movimentando R$ 17,4 bilhões em receita bruta. Paralelamente, foram bloqueados mais de 15 mil sites ilegais, parte das ações do governo para combater o mercado não autorizado.
Uma norma recente do governo federal também estabeleceu limites para a participação de beneficiários de programas sociais nas bets. A partir de agora, pessoas inscritas no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) não poderão manter contas ativas em sites de apostas. O bloqueio será feito a partir do cruzamento de dados oficiais de CPF, e o descumprimento da regra pode levar à suspensão do benefício.
