Minas Arena aciona Cruzeiro na Justiça e cobra dívida de R$ 9 milhões

Apesar da parceria fora de campo, Cruzeiro e Minas Arena irão medir forças na Justiça. A concessionária confirmou nesta quinta-feira que acionou o clube, alegando que a Raposa deve R$ 9 milhões. Já a diretoria celeste se baseia em uma cláusula no contrato entre as duas partes para argumentar que não possui dívida alguma. Trata-se do primeiro de muitos capítulos que estão por vir de uma batalha sem prazo para acabar.

A polêmica teve início quando o Atlético, arquirrival do Cruzeiro, utilizou o Mineirão como palco da decisão da Copa Libertadores, sem pagar pelo aluguel do estádio. Ao tomar conhecimento disso, a cúpula da Raposa avisou que não desembolsaria mais qualquer tipo de valor à Minas Arena para mandar suas partidas no Gigante da Pampulha.

Segundo o Cruzeiro, uma cláusula no contrato com a concessionária diz que se um outro clube viesse a firmar um vínculo melhor que o dos azuis, a Raposa teria os mesmos privilégios. Na visão da diretoria celeste, como o Galo não precisou pagar nada para mandar o duelo contra o Olimpia-PAR, no dia 24 de julho de 2013, para o Mineirão, os cruzeirenses também não precisariam desembolsar um centavo sequer para jogar no mesmo local.

Com isso, desde aquela data, o Cruzeiro se nega a pagar a Minas Arena, baseado nesta cláusula. Por sua vez, a concessionária não concordou com os argumentos, declarou que não houve contrato entre ela e o Atlético, e já havia informado à cúpula celeste, anteriormente, que iria acionar a Justiça.

Com relação à cobrança judicial referente à dívida do Cruzeiro com a Minas Arena, a empresa informa que não mediu esforços para que o clube efetuasse o acerto dos valores sem a necessidade de uma ação judicial. Na tentativa de solucionar essa pendência financeira, além de reuniões e propostas de negociação, foram enviados 35 ofícios de cobrança ao clube ao longo dos últimos dois anos.  O contrato de fidelidade firmado entre Minas Arena e o Cruzeiro estipula que as despesas das partidas oficiais sejam divididas entre as partes.

A Minas Arena ressalta que nunca existiu contrato de fidelidade entre a concessionária e o Atlético, e que o clube utilizou o estádio na partida final da Copa Libertadores 2013 em função de decisão unilateral do Governo do Estado, comprovada por meio de ofício enviado à empresa, que assim determinou com base em prerrogativa estabelecida no contrato de Parceria Público-Privada (PPP).

Vale lembrar que a clausula referente à aquisição de direitos e deveres pelo Cruzeiro, concedidos a outro clube, somente entraria em questão, caso existisse contrato de fidelidade com qualquer outra agremiação, o que não é o caso.

A concessionária ressalta também que a empresa tem a obrigação legal de zelar pela boa administração do complexo e que a ausência de recebimento de receitas interfere diretamente no desempenho da concessão. Assim sendo, cobrar judicialmente a dívida do clube é necessário, uma vez que esta inadimplência pode chegar a impactar os cofres públicos.

A concessionária reafirma que está de portas abertas para conversar sobre novos acordos ou renegociação do contrato vigente e que se esforça para que o Mineirão esteja sempre preparado para receber, da melhor forma, os clubes mineiros interessados em mandar suas partidas no estádio.

A Minas Arena está à disposição para quaisquer esclarecimentos que os órgãos de imprensa julgarem necessários.

Fonte: O Tempo

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