Gammon 150 anos: uma história de amor e fé

 

 

O Instituto Presbiterano Gammon, fundado em 1869, é uma das instituições de ensino mais importantes não só de Lavras, mas do Brasil. Por seus corredores, passaram gerações que fizeram história.

Neste mês de agosto a escola se prepara para celebrar os seus 150 anos de fundação com uma série de eventos.  Diariamente passam pela instituição cerca de 1.700 alunos da Educação Básica ao Ensino Superior presencial e a Distância. Os preparativos das comemorações tiveram início no segundo semestre do ano passado.

Membros da instituição durante homenagem dada pela ALMG.

Os festejos iniciaram na abertura do ano letivo com a palestra “Educação para Um Mundo Exponencial”, proferida pelo professor José Motta.

No mês de março foi feito o lançamento do selo comemorativo dos 150 anos. Ainda nesse mês houve um evento com a presença do Dr. Michael Sadler que abordou a temática “família e educação no mundo contemporâneo”.

Placa oferecida pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais pelos 150 anos da instituição.

No último dia 5 a Assembleia Legislativa de Minas Gerais fez uma homenagem à instituição.

As comemorações prosseguiriam neste sábado, dia 17, às 19h, com um culto em Ação de Graças no Auditório Lane Morton. No dia 23 acontecerão atividades no Estádio Castelo Branco (Campão) como o revezamento de gerações, homenagens especiais e o espetáculo: “Gammon, 150 anos Dedicados à Glória de Deus e ao Progresso Humano. No dia 24, às 10h, haverá a inauguração da Casa da Curva, que passará a abrigar o Pró-Memória Gammon (Casa do Ex-Aluno). Em seguida haverá o tradicional almoço. A noite será dedicada a um sarau no Lane Morton, seguido do Jantar do Ex-Aluno e entrega do Troféu Ex-Aluno.

Exposição na alameda do campus chácara traça história da instituição.

No dia 1º de setembro acontece a Corrida Gammon/Ufla e Gammon Kids – com saída no campus Universidade Federal de Lavras (Ufla) e chegada no campus do Gammon. A instituição também receberá uma homenagem da Câmara Municipal de Lavras no dia 2 de setembro.

Este ano a instituição também foi agraciada com o Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE) na categoria “Ouro” – Gestão Administrativa, Comunicação e Ensino Básico.

Para celebrar as festividades, a alameda da instituição ganhou 15 painéis que fazem um recorte da história do Gammon, desde a sua fundação em 1869 até os dias de hoje.

Membros da instituição durante homenagem dada pela ALMG.

A seguir, a uma entrevista com o diretor do Instituto Presbiteriano Gammon, professor Alysson Massote Carvalho, onde ele relata esse momento único da instituição.

Como é administrar uma instituição dessa importância?

É uma honra, um privilégio e um desafio. Tudo que se destaca no Gammon em termos de resultados se deve única e exclusivamente à Graça de Deus em nossas vidas. O próprio Senhor Jesus afirmou isso conforme escrito no evangelho de João, capítulo 15, verso 5b: “porque sem mim, nada podeis fazer”.

Quais os planos para o futuro da instituição?

Existem vários planos ligados à Robótica, ampliação de unidades, consolidação do sistema bilíngue entre outros. Na área de sustentabilidade, hoje conseguimos praticamente suprir as necessidades de energia elétrica no campus chácara com a implantação do sistema de geração a partir da energia solar. Pretendemos dobrar a nossa capacidade para atender também ao campus Kemper.

Várias personalidades passaram pelo Instituto Gammon, muitas delas conhecidas nacionalmente.  Como a instituição lida com esse passado tão rico?

O gammonense está espalhado pelo país e, porque não dizer, pelo mundo.  Durante a cerimônia de homenagem que a instituição recebeu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, tivemos a presença de um ex-aluno, secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, o advogado lavrense Germano Luiz Gomes Vieira. De repente, o mestre de cerimonias da ALMG, pede licença ao presidente para lembrar que também era ex-aluno da escola. A frase, “A gente sai do Gammon, mas o Gammon não sai da gente! ”, criada pelo ex-aluno Osmundo Miranda, faz parte do DNA da instituição.  Há dois anos instituímos o prêmio ex-aluno como uma forma de reconhecimento público daqueles que, com o destaque obtido por seu trabalho, honram o nome da instituição ondem estudaram.

Para o senhor, a cidade de Lavras tem reconhecido a importância histórica, cultural, educacional e econômica do Gammon para o município?

Acredito que Lavras precisa reconhecer mais o que o Gammon foi, é e, certamente, continuará a ser para a cidade. Se o Gammon não tivesse vindo para Lavras de mudança em 1892 e fosse reaberto aqui fevereiro do ano seguinte, o que seriamos como cidade? Com certeza não teríamos a Escola Agrícola, posteriormente a Escola Superior de Agricultura (ESAL) e, a partir de 1994, UFLA. Não teríamos as Igrejas Presbiterianas.  Sem contar o impacto que esses ex-alunos do Gammon e da Ufla geraram dentro da sociedade de Lavras, Minas Gerais, Brasil e o mundo. A população, as autoridades e as diversas instâncias   precisam ter um reconhecimento maior com relação a isso. Lavras precisa honrar mais as suas instituições.

Qual a importância do trabalho dos colaboradores para essa instituição?

Não dá para pensar uma escola sem a importância de cada colaborador. Fazendo uma analogia com nossa ida a Assembleia Legislativa, quando levamos um ônibus com representantes de cada segmento da escola, no Gammon temos pessoas que exercem as mais variadas funções dentro da instituição, mas que estão juntas no mesmo “ônibus. ” As pessoas não fazem ideia da importância de funções como a dos nossos porteiros, nossa equipe de limpeza, entre tantas outras. Elas fazem toda a diferença.

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