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Crise fiscal à vista: governo Lula não cumpre o próprio arcabouço e deixa bomba-relógio para 2027

BRASILIA, BRAZIL - OCTOBER 25: President of Brazil Luiz Inácio Lula da Silva speaks during an event at Palacio do Planalto as first appearance after suffering a domestic accident on October 25, 2024 in Brasilia, Brazil. Lula Da Silva suffered an accident in the bathroom of his home last saturday causing a big hit and a cut in the rear of his head. The Brazilian president cancelled his trip to Russia. (Photo by Claudio Reis/Getty Images)

O discurso de responsabilidade fiscal do governo Lula perdeu fôlego. O tão celebrado arcabouço fiscal, aprovado em 2023 como símbolo de equilíbrio nas contas públicas, já não se sustenta diante da dura realidade econômica. A promessa de conter gastos e cumprir metas virou um enredo de improvisos, manobras contábeis e revisões constantes.

De acordo com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o novo regime fiscal será “insustentável até 2027” se não houver mudanças urgentes. O alerta oficial escancara o que o mercado e especialistas já vinham dizendo: o governo não consegue seguir as próprias regras.

O rombo nas contas públicas cresce, e o país se aproxima de um cenário de colapso fiscal, com aumento da dívida e dificuldade de manter programas sociais e investimentos ao mesmo tempo. O discurso de “herança maldita” — usado tantas vezes por diferentes governos — ameaça virar realidade para o próximo presidente.

Enquanto o ministro Fernando Haddad tenta preservar o arcabouço que criou, a base política pressiona por mais gastos e menos cortes. O resultado é um impasse: o governo fala em responsabilidade, mas age como se a conta nunca fosse chegar.

Se nada mudar, quem assumir o Planalto em 2027 herdará uma economia em desequilíbrio, uma regra fiscal desmoralizada e um país com cada vez menos espaço para errar.

Claudio Reis/Getty Images

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