Corpo de Bombeiros de Minas Gerais adquire simulador de combate a incêndio

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Um simulador para instruções de combate a incêndio estrutural e para a observação dos efeitos do fogo foi adquiro pelo Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais (CBMMG). Minas Gerais é o terceiro estado a possuir este tipo de equipamento, juntamente com os estados do Espírito Santo e Brasília. Somente no ano de 2014, o CBMMG atendeu 1648 ocorrências de incêndio urbano na cidade Belo Horizonte. Já nos últimos quatro anos, foram 6152 atendimentos. Os incêndios urbanos em Belo Horizonte estão concentrados na região centro-sul da capital.

O primeiro treinamento foi realizado no dia 24/02, com 16 Alunos do Curso de Habilitação de Oficias. A otimização do uso da água nos combates a incêndio, a simulação realista de um ambiente confinado, a experiência dos bombeiros combatendo em altas temperaturas e a confiança no equipamento de segurança individual são alguns dos benefícios que este simulador oferece para a formação dos bombeiros mineiros.

O simulador, uma espécie de container, está instalado no Pelotão Ceasa, pertencente ao 2º Batalhão de Bombeiros Militar (2º BBM) e foi adquirido em julho de 2014, por meio de um convênio da Instituição com a Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas).

Os Bombeiros de Minas Gerais tiveram contato com o container após participarem de um seminário de combate a incêndio em Brasília. Com a parceria da Ceasa e de empresas particulares adquiriram o simulador por R$ 8,5 mil e investiram, ainda, R$ 17 mil para sua instalação.

A importância do simulador é estar em conformidade com novas modalidades de combate a incêndio urbano que pregam a economia de esforços dos militares, apuração da técnica e economia de água. “A utilização de jatos atomizados, a aplicação de água em ambientes fechados, a observação dos movimentos do fogo e dos gases tóxicos, são algumas das possibilidades de treinamento”, afirma o comandante do pelotão Ceasa, Subtentente Rogério da Rocha Gomes.

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As diferenças de instrução proporcionadas pelo simulador estão relacionadas ao contato do combatente com o calor e com o fogo característicos das ocorrências em ambientes confinados. Com ele, é possível chegar a temperaturas de 800 graus, e de fato, testar as funções dos roupões de combate a incêndio e do aparelho de respiração autônomo. Durante as instruções são transmitidas técnicas de atuação em locais sujeitos a um flashover (incêndios que se desenvolvem de forma mais rápida do que a esperada) e backdraft (explosão causada pela diminuição de oxigênio no local e a altas concentrações de gases inflamáveis). Ainda, o militar pode observar de forma controlada a evolução do incêndio com a movimentação dos gases inflamáveis e a aplicabilidade dos jatos d’água de forma otimizada. Dessa forma, o bombeiro adquire maior confiança e segurança na hora do combate real.

Em Minas Gerais, apenas o Tenente Paulo Henrique Camargos Firme é habilitado como instrutor, após passar por um treinamento no Corpo de Bombeiros de Brasília. De acordo com o Tenente Firme, a importância do container é possibilitar a aprendizagem por meio da prática. “A ambientação do bombeiro com o calor e a consciência da utilização dos equipamentos de segurança, além do contato mais realista com situações que irão encontrar no incêndio.”

Os planos futuros são o treinamento do efetivo do Corpo de Bombeiros e de Brigadas de Incêndio, como a da Cidade Administrativa, que tem hoje cerca de 1,2 mil integrantes e é considerada a maior brigada de incêndio da América Latina.

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