Calçadão: Travessa no centro de Lavras poderá ter acesso exclusivo para pedestres

A pequena, estreita e movimentada Travessa da Matriz, no centro de Lavras, vive há anos um dilema que contrapõe veículos e pedestres. Não é de hoje que o risco de acidentes de trânsito envolvendo ambos os lados na rua repleta de lojas comerciais é fato notório.

No entanto, um projeto da Secretária de Obras da Prefeitura Municipal visa colocar fim a essa disputa através da transformação da travessa em um grande calçadão, com direito a jardins e bancos. Um espaço de convivência para os moradores.

projeto comandando por uma arquiteta começou a ganhar forma em janeiro deste ano, mas até o momento não saiu do papel. Na semana passada, o prefeito Silas Costa Pereira confirmou a notícia à reportagem do Lavras 24 Horas, mas disse que no momento, devido à falta de verba, ele deverá ser executada num futuro próximo.

Enquanto a proposta aguarda um parecer favorável, a empresária Maria Ângela de Oliveira continua a lutar pelo fechamento da via na qual trabalha há 40 anos. Nos últimos anos viu alguns clientes e passantes quase serem atropelados por veículos. “É um caos essa travessa. Estão esperando morrer alguém para fecha-la. Não ligo para a falta de estacionamento, porque quando o cliente quer, ele vai atrás da loja na qual quer comprar”, disse.

Caminhão chegou a destruir placa de loja localizada na Travessa da Matriz. Trafego de veículos pesados no local é comum, dizem empresários.
Caminhão chegou a destruir placa de loja localizada na Travessa da Matriz. Trafego de veículos pesados no local é comum, dizem empresários.

“Eu sou a favor que feche a travessa. Acho que ela ficaria até mais bonita e se transformaria num espaço de lazer para os moradores. Pena que ficou só no papel”, disse a empresária Mara Pereira, que mantém uma loja no local.

Além da insegurança com relação ao alto fluxo de veículos que passam pelo local diariamente, alguns comerciantes sofrem com danos causados por caminhões, que costumam danificar as placas das lojas. Quem viveu essa experiência desagradável foi a empresária Juciene Zacaroni. Ela teve a placa de sua loja arrancada por um caminhão, o que resultou em um prejuízo de R$ 2 mil. Na mesma ocasião, a placa de uma outra loja também foi danificada e arrancada.

“Os motoristas costumam buzinar para os pedestres. Outro dia um caminhão ficou entalado aqui por 40 minutos. Muitos motociclistas entram na contramão, não respeitam nada , nem ninguém”, completou Juciene.

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