O câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ganha um espetáculo natural entre junho e outubro: a florada dos ipês. Mas por que nem todas as árvores florescem ao mesmo tempo?
Segundo a professora Patrícia Duarte Paiva, do Departamento de Agronomia/Fitotecnia, fatores como clima, idade da árvore, solo e, principalmente, características genéticas individuais determinam o período de floração. Originários do Brasil, os ipês se adaptaram a solos pouco férteis e longos períodos de seca. Durante o outono e inverno, ao perderem as folhas para economizar energia e água, eles concentram forças na reprodução, exibindo flores vibrantes.
A estratégia é eficiente: florescer quando poucas espécies estão ativas atrai polinizadores como abelhas e beija-flores. Cada espécie tem seu calendário: o ipê-roxo floresce entre junho e julho; o ipê-amarelo, de julho a setembro; o ipê-rosa, entre agosto e setembro; e o ipê-branco, de agosto a outubro. A exuberância, no entanto, dura pouco — de 7 a 10 dias por ano.
Um detalhe curioso: a chuva pode fazer as flores caírem em grande quantidade, reduzindo o impacto visual. Por isso, ao encontrar um ipê florido, a recomendação é registrar o momento e compartilhar nas redes. Como lembra o ditado: “flor de ipê não cai em terra seca”.
📸 A UFLA convida a comunidade a celebrar e divulgar essa beleza natural, unindo ciência e encantamento em cada clique.





