Casa da Cultura presta homenagem com exposição ao educador e folião Rafael Salustiano Filho

O CRAS Cruzeiro do Sul e a Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura (Selt) vão prestar uma homenagem ao Grêmio Recreativo Unidos de Nova Lavras, através de um de seus mais conhecidos foliões: o professor Rafael Salustiano Filho, o “Faé”, como era conhecido em Lavras o educador.

Quem quiser conhecer um pouco da história deste educador, folião e, acima de tudo, lavrense apaixonado por sua terra natal, deve visitar a exposição sobre o inesquecível Faé.

Por sugestão do CRAS Cruzeiro do Sul, a exposição foi organizada pela Selt, através de sua equipe de Memória e Patrimônio, com o apoio da família Salustiano. A exposição vai até o dia primeiro de março.

Saiba mais

No dia 20 de janeiro de 1953, era fundada a Escola de Samba “Unidos de Nova Lavras” por Ismael Silva, Geraldo Theodoro, José Pedro e João Mattos. Esta Escola de Samba sempre se destacou pela qualidade de sua bateria e pelos seus sambas enredos que sempre exaltou Lavras e sua história.

Vários foliões passaram por aquela agremiação e já partiram, como José da Cruz, o popular “Mães Chica”, que além de ser folião da mais antiga escola de samba de Lavras, foi também jogador de futebol do “Lavras Sport Club”.

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Lavras, Sebastião Brasileiro de Castro, que foi presidente da Unidos de Nova Lavras. Brasileiro também foi jogador de futebol, vestiu a camisa da Associação Olímpica de Lavras.

Na década de 1990, a Unidos de Nova Lavras perdeu três grandes figuras de expressão: Ismael Silva, o “Mestre Maé”, um dos fundadores da escola; Alda Leite Whinter, destaque da escola e Rafael Salustiano Filho, o “Faé”.

O professor e folião Rafael Salustiano Filho, o Faé, era filho de Rafael Salustiano e Maria Teodora Nunes Salustiano. Faé nasceu em 8 de abril de 1942, na cidade de Lavras. Tinha cinco irmãos, Ikson, Thereza, Haroldo, Antônio, Edson.

Todos foram educados pelo casal Maria e Rafael, que dividiam o tempo entre o serviço e a educação dos filhos. Rafael e Maria trabalhavam na Escola Municipal “Paulo Menicucci”, na época em que a escola era conhecida como Grupo Escolar. Rafael era porteiro daquele educandário e Maria auxiliar de serviços gerais.

Rafael Salustiano Filho, o Faé, formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Lavras, a antiga FAFI, hoje Centro Universitário de Lavras Unilavras). e dedicou sua vida à educação, sendo professor em diversos educandários de Lavras. Ele dividia o tempo com uma de suas paixões: a cultura. Foi um dos fundadores do Movimento da Consciência Negra Lavrense, a Consnel, queria resgatar a história dos negros, como a de José Luiz de Mesquita, a maior expressão negra de Lavras e da região, o homem que alfabetizou mais de 5 mil adultos.

Faé gostava também de carnaval e em Lavras atuou ativamente na escola de samba Unidos de Nova Lavras, mas durante a festa de Momo, dividia seu tempo com outra paixão: Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro, onde desfilou por dezessete anos. Faé vestiu as cores verde e rosa da Mangueira e da Unidos de Nova Lavras até o ano de sua morte: 2009. Ano em que ele perdeu sua mãe e um grande amigo, o cabelereiro das estrelas Jaques Janine.

*PML

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