Bodes Expiatórios

O advento da internet e o desenvolvimento das redes sociais agravaram uma prática antiga, que remonta aos tempos bíblicos, chamado de “Bode Expiatório”. Bode

expiatório é uma expressão usada para definir uma pessoa sobre a qual recaem as culpas alheias. É uma expressão popular que define o indivíduo que não consegue

provar sua inocência, mesmo sem ser o responsável direto pela acusação.

Em muitas situações, sabemos que uma pessoa inocente pode acabar sendo acusada e punida por algo que não fez ou não teve responsabilidade direta. Antes que sua

inocência seja provada, as pessoas já repudiaram, zombaram e insultaram sem nem mesmo saberem das verdades por detrás dos fatos. Ela vira o sinônimo de toda a

perversão social que os outros projetam sobre ela.

Em quase todas as instâncias sociais encontramos os ditos “bodes expiatórios”. Eles estão presentes nas famílias, nas escolas, nas empresas, nas igrejas, na política, nas

associações e nas mais variadas instituições sociais. Pessoas às quais se inventam mentiras, difamam, agridem, física ou verbalmente, sem dar a elas o direito de defesa

ou de expor seus pontos de vistas. Aliás, não ouvir a vítima e compreendê-la já faz parte da pedagogia de quem escolhe e determina os “bodes expiatórios” da sociedade.

Alguns desses “bodes expiatórios” são apenas pessoas que tiveram a coragem de romper com as “mesmices” do dia a dia e propor ideias diferentes, novos tipos de

comportamentos e outras compreensões da problemática existencial. São consideradas culpadas por acreditarem em seus sonhos e não serem apenas mais

uma neste mundo uniformizado pelos padrões arcaicos, tradicionais ou midiáticos. A verdade é que com a internet, basta jogar uma difamação nas redes sociais para que

isso se torne um vírus social, corroendo e denegrindo a personalidade de outros. São postagens que recebem curtidas, comentários e compartilhamentos de pessoas que

nem sabe do que se trata ou que nada tem haver com o assunto, mas que parecem ter “sede de sangue do erro alheio”. E os que se recusam a conhecer a história dos

oprimidos, sempre tomarão atitudes em favor dos opressores, sendo essas ações E como tem gente que adora destruir a imagem das pessoas, difamar os outros,

inventar coisas, destruir biografias e anular talentos e dons dos que agem diferentemente delas. Fazem isso até em nome de Deus ou em defesa de uma falsa

verdade religiosa. É a famosa “justiça com a própria língua”.

E só podem existir “bodes expiatórios” em sociedades injustas. As pessoas que falam mal das outras não são mais correta e nem mais santa do que as outras, apenas mais

uma fofoqueira e mentirosa tentando encontrar alguém para projetar os seus próprios defeitos e a sua covardia por não ter a coragem de ser e fazer igual.

Ainda insistimos em não aceitar que as pessoas podem e devem ser diferentes, sem pesar sobre os seus ombros o peso do injusto julgamento social. Que controla a sua

língua, não tem necessidade de praticar maldades e nem de eleger “bodes expiatórios” para amenizar sua vazia vida existencial…

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