Um grupo de 41 indígenas venezuelanos da etnia Warao, incluindo 27 crianças, quatro gestantes e dois idosos, permanece com futuro incerto em Montes Claros (MG) após ser deixado na rodoviária da cidade na madrugada de 15 de novembro.
As famílias, que vivem no Brasil há cerca de cinco anos, chegaram em ônibus fretado pela Prefeitura de Itabuna (BA), sem aviso prévio à administração mineira.
O líder do grupo, cacique Amário Mota, afirmou que pretendem ficar na cidade e buscam emprego para os sete homens adultos, dispostos a qualquer serviço.
Eles estão alojados provisoriamente no Ginásio Poliesportivo Ana Lopes, com apoio da Prefeitura de Montes Claros em alimentação, higiene e saúde.
No entanto, o secretário de Desenvolvimento Social, André Kevin, destacou que o acolhimento é temporário e envolve força-tarefa com PF, MP e Defensoria para definir soluções a longo prazo.
A Prefeitura de Itabuna alega que a transferência foi voluntária, solicitada pelos próprios líderes em reunião no dia 12, com fornecimento de ônibus, mantimentos e fraldas.
Já venezuelanos relatam pressão para deixar a Bahia, onde recebiam auxílio que foi interrompido. Antes de Itabuna, o grupo passou por João Pessoa (PB).
Até 18 de novembro, não há definição sobre permanência ou realocação, gerando debate sobre responsabilidade municipal no acolhimento de migrantes.
(Fontes: G1 Globo, Estado de Minas, Prefeitura de Itabuna – Reportagens de 15 a 17/11/2025)





