Vendas foram 30% mais baixas na Black Friday deste ano em BH, estima Sindilojas

Apesar de alguns pontos de venda terem ficado lotados durante a Black Friday em BH, as vendas em lojas físicas decepcionaram os lojistas belo-horizontinos. Elas caíram cerca de 30%, em relação a 2019, segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas de BH (Sindilojas BH), Nadim Donato. A dificuldade teria sido ainda maior nas lojas menores, em comparação às grandes redes: entre os pequenos e médios negócios, a queda nas vendas superaria 40%. 

Uma levantamento do Sindilojas com os comerciantes de BH, considerando os dias 27, 28 e 29 de novembro, mostra que quase 72% deles perceberam piora nas vendas e que 64% das lojas que aderiram à data de promoções não conseguiram aproveitá-la para recuperar as vendas perdidas durante a pandemia. 

Os dados são um balde de água fria nas expectativas do Sindilojas, que apostava na Black Friday como um termômetro para o Natal e para a retomada do comércio após meses fechado. Há alguns meses, a perspectiva do sindicato era que as lojas chegassem ao final deste ano vendendo de 80% a 90% do habitual, mas, agora, a ideia é que a recuperação total não chegue sequer no primeiro trimestre de 2021. 

“Não vamos conseguir nos recuperar nem no Natal nem começo do ano, as quedas foram absurdas. O ano que vem se tornou uma incógnita. Há muito desemprego, o consumidor está cauteloso e não sabemos quando chega a vacina e quando todos serão vacinados”, diz Donato. Ele diz que a alta nas vendas online não equilibra as perdas que as lojas têm sofrido. 

Algumas lojas anteciparam o período de promoções a fim de evitar aglomerações na sexta-feira de descontos, mas Donato explica que o Sindilojas ainda analisará se esse movimento fez com quem as vendas se  diluíssem ao longo do mês e compensassem a baixa do último final de semana. 

Em um momento de alta no preço de alguns produtos, em meio a falta de embalagens e matéria-prima em diversos setores, o presidente do sindicato lembra que é difícil realizar promoções para atrair o público de volta ao consumo. “O comércio pode promover descontos, mas tudo começou a aumentar”, conclui. 

Fonte: O Tempo

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