A Universidade Federal de Lavras (Ufla) instaurou uma comissão para investigar se pelo menos seis estudantes de Medicina que ingressaram na instituição por meio da cota étnico-racial teriam se declarado como pretos, pardos ou indígenas apenas pra entrar no curso. A medida foi tomada após denúncias serem feitas à ouvidoria da instituição.
A Ufla conta atualmente com 10731 alunos de graduação, sendo que 1940 são estudantes que utilizaram as cotas. O sistema foi adotado pela universidade há cinco anos e, desde então, 50% das vagas têm que ser reservadas para grupos que englobam questões sociais e raciais. Quem opta pela definição de etnia e raça, precisa preencher um documento se autodeclarando preto, pardo ou indígena.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) disse que o que cabe ao órgão é “verificar se as instituições estão ofertando, no âmbito do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o quantitativo de vagas correspondente ao que a lei determina”. O comunicado diz ainda que “a lei atribui às instituições qualquer problema em relação aos seus alunos, incluindo alguma autodeclaração que venha a ser inverídica”.
Segundo o reitor da Ufla, a medida adotada pela universidade foi a instauração imediata de uma comissão pra avaliar cada uma das denúncias.
Fonte: G1