Ufla divulga nota sobre morte de cachorro Hiena

hiena

 

A morte de um cachorro que costumava frequentar o campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla) virou polêmica nas redes sociais nos últimos dias.

O animal chamado Hiena – como era conhecido pela maioria dos universitários, convivia com a comunidade acadêmica há vários anos, sendo uma espécie de mascote do campus.

O desaparecimento e o posteriormente a notícia da morte do cão, levou dezenas de pessoas a se manifestarem nas redes sociais, que ficaram indignados com a notícia e as circunstâncias da morte.

A Ufla tem recolhido os cães que circulavam pelo campus levando-os para um canil de passagem recém-construído no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Agropecuária, na fazenda Muquem, para onde Hiena foi levado. O cachorro faleceu no local.

A repercussão da morte do cachorro levou o reitor da Universidade Federal de Lavras, professor José Roberto Scolforo, a assinar uma portaria designando abertura de Sindicância Investigativa para averiguação das condições do canil de passagem, tratamento dado aos animais e causa morte do cão Hiena.

 

Veja a nota divulgada pela Ufla:

 

Na tarde desta quarta-feira (27/5), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) fez um convite para que o médico veterinário Antônio de Pádua Lima fizesse uma visita técnica ao canil de passagem recém-construído no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Agropecuária (Fazenda Muquem). Neste local, houve a morte acidental do cão Hiena, que causou comoção entre os estudantes que conviveram com o animal.

Após avaliação, o profissional atestou previamente que o local está adequado ao abrigo de animais, com excelente relação ambiente/animal, com mais de 10 metros2 para cada um dos 16 cães abrigados, incluindo área coberta e solar, com espaço para proteção de frio e vento. “Há alimento e água de forma adequada para todos os animais, a área está higienizada, sem odor ou umidade. Não há sinais de estresse ou maus tratos”, adianta o médico veterinário, que deverá entregar laudo técnico à Direção Executiva da UFLA.

Os animais abrigados provisoriamente no local aguardam a identificação de um local permanente para que sejam transferidos. Também estão à disposição para adoção e guarda responsável, sendo que os interessados devem procurar a Prefeitura do Câmpus.

Proteção Coletiva

canil2 - Cópia

 

A construção do canil de passagem foi uma solução encontrada pela direção da Universidade diante do enfrentamento de diversos problemas no câmpus em virtude de animais abandonados. A Ouvidoria da UFLA tem recebido reclamações de frequentadores, discentes e servidores que foram atacados por cães ou relatam o risco de haver animais soltos na Universidade. As reclamações chegaram a ser pauta nas duas últimas reuniões do Conselho Universitário Cuni, que cobrou providências da direção.

Entre as reclamações, a presença de animais no Restaurante Universitário, o que fere as normas da Vigilância Sanitária Municipal e exigiu ação urgente da direção com o risco de fechamento do estabelecimento, prejudicando milhares de estudantes e servidores.

Outra motivação importante é destacada pela coordenadora de Endemias da UFLA, órgão vinculado à Diretoria de Meio Ambiente, professora Joziana Barçante. Ela destacou que a presença de animais no câmpus deve ser tratada com o viés de saúde pública, já que os animais podem ser vetores de doenças que podem colocar em risco diariamente a comunidade acadêmica. Entre as doenças citadas por ela, a raiva, a leptospirose, larva migrans visceral, larva migrans cutânea ou bicho geográfico e, em especial, a leishmaniose visceral canina, por Lavras ser considerada área endêmica.

A professora relata que existem bairros na cidade em que já foram confirmados mais de 27% de animais positivos para a doença. Joziana Barçante comenta ainda que mutirões para o combate à leishmaniose já foram realizados em cerca de 20 bairros da cidade e a proposta é abranger todo o município. Além das orientações, são feitos os exames nos cães.

Providências

Diante do acidente ocorrido com um dos animais abrigados, conhecido com Hiena, o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, assinou Portaria nº 590, nesta quarta-feira (27/5), designando a abertura de Sindicância Investigativa para averiguação das condições do canil de passagem, tratamento dado aos animais e causa morte do cão Hiena. Segundo relato do profissional responsável pelo trato dos animais, o Hiena teria se envolvido em uma briga com outro cão no local. O relatório final da Comissão deverá ser apresentado no prazo de 20 dias.

O médico veterinário Antônio Lima, que realizou a vistoria do local, também acompanhou o processo de encaminhamento do animal para necropsia, que será realizada no Laboratório de Patologia do Departamento de Medicina Veterinária (DMV). O laudo deverá ser divulgado nesta quinta-feira (28/5).

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