O aplicativo CarpeDia, criado para identificar precocemente riscos de lesões no pé diabético, acaba de conquistar um passo decisivo: o registro oficial no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Com essa proteção, o projeto avança para futuras parcerias e possibilidade de implantação em larga escala, inclusive no SUS.
Desenvolvido dentro de uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o CarpeDia usa inteligência artificial para analisar imagens e indicar, de forma rápida e prática, quais pacientes têm maior risco de complicações. O recurso promete ajudar profissionais da saúde a evitar amputações, que ainda atingem milhares de brasileiros todos os anos.
O aplicativo foi testado e validado em unidades de saúde durante os estudos coordenados pelo professor Danton Diego Ferreira, do Departamento de Automática da UFLA, junto da professora Ana Cláudia Barbosa Honório Ferreira, doutora em Ciências da Saúde e docente de Enfermagem na UniLavras. Ela destaca a importância da ferramenta no dia a dia da atenção básica.
“O CarpeDia facilita o trabalho do enfermeiro, ajuda a identificar rapidamente quem precisa de atenção urgente e pode evitar muitos casos de amputação. É uma tecnologia simples, eficiente e que salva vidas”, explica Ana Cláudia.
Com o registro no INPI, o projeto entra agora na fase de articulação com prefeituras, instituições de saúde e empresas interessadas em apoiar e adotar a tecnologia. A expectativa é de que, em breve, o CarpeDia possa ser utilizado em diversas regiões do país, levando prevenção e cuidado a quem mais precisa.





