Aqui na parede o socorro chegou perpétuo. Para quantas gerações ele se prestará? A primeira dona do quadrinho já se foi. Indo deixou em herança aquela que a todos os socorros perpetua, menos as vidas porque isso a ninguém foi permitido, Mas, a Senhora Nossa continua lá, trocando apenas de parede, encimada pelo relógio que toca música e bate as horas, também como herança escolhida. Até que num clic deixou de ser decoração e passou ao patamar de Santa. E santa que se preza faz milagres. Ainda mais sendo perpétua! Faz jus a parede que a ostenta? Não parece. Diante de tamanha proteção, imagina o perpétuo socorro, faltam-lhe velas, flores, ladainhas e agradecimentos fervorosos. Entretanto, tem ela boa música, incenso de vez em quando, pedidos e agradecimentos mesmo que não fervorosos. É como não estar no corcovado e pedir ao Redentor que nos dê Redenção, o que distribui de braços abertos, indistintamente aos que sabem suplicar. Em sendo súplica há que atentar para o pedido, pois pode se materializar. Fácil? Não! Exige conexão para além de 10G. É conexão que não se compra não. Porém, é liberado ir ao Redentor, acender uma vela, fazer um pedido, ouvir o canto gregoriano, esquecendo até do pedido embriagado que estará diante da beleza do Cristo e do lugar. Certo é que a onipotência do Cristo mais um socorro perpétuo formam uma rede que conecta coração, mente, mãos e pés, nada ficando oculto, nem mesmo a bondade interessada ou a maldade instrumentalizada. E ainda assim nos espraiamos pelo mundo esquecendo a infinitude dessas grandezas…
