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Sob Lula, impostos aumentam para o maior patamar da história desde a redemocratização

O Brasil deve registrar em 2025 a maior arrecadação de impostos da história, impulsionada pelo crescimento da massa salarial, pelo aumento da base de contribuintes e por novos tributos, como o das apostas esportivas regulamentadas. Ainda assim, o dinheiro não tem sido suficiente para equilibrar as contas públicas.

De acordo com estimativas oficiais, a carga tributária total alcançou 32,3% do PIB em 2024, o maior patamar já registrado nas estatísticas do Tesouro Nacional. Mesmo com o aumento de receitas, o governo federal deve encerrar 2025 com déficit primário estimado em R$ 30,2 bilhões, dentro do limite de tolerância previsto no novo arcabouço fiscal, que permite até R$ 31 bilhões de rombo.

Especialistas afirmam que o problema está do lado das despesas obrigatórias, que consomem quase todo o orçamento da União. Só em 2024, gastos com Previdência, Bolsa Família, BPC e folha de pagamento ultrapassaram R$ 5 trilhões, representando mais de 30% de tudo o que o país produz.

Com os gastos crescendo acima da arrecadação, o governo tem sido forçado a emitir dívida para cobrir os buracos, o que fez a dívida bruta atingir 77,5% do PIB. A equipe econômica alerta que, sem reformas estruturais, a trajetória fiscal brasileira continuará insustentável, mesmo com arrecadação recorde.

“O Brasil arrecada como país rico, mas gasta como se não houvesse amanhã”, ironizou um economista ouvido pelo Valor Econômico, destacando que o excesso de despesas indexadas ao salário mínimo e benefícios sociais impede o avanço em investimentos.

O cenário reforça a pressão sobre o governo para rever regras de gastos e reduzir subsídios, sob risco de uma nova crise fiscal.

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