Lavras volta a viver dias de transtorno e indignação com a falta de água em diversos bairros da cidade. Desde o início de outubro, moradores têm relatado interrupções constantes no fornecimento, sem qualquer aviso oficial de racionamento por parte da Copasa. A situação se repete em regiões como Jardim Fabiana, Fonte Verde, Jardim Glória, Alto dos Ipês e Retiro, onde famílias relatam dias inteiros sem uma gota nas torneiras.
Na semana passada, a Copasa divulgou uma nota informando que furtos de cabos elétricos em sua unidade de captação teriam comprometido o abastecimento, atingindo cerca de 100 bairros e comunidades rurais. A estatal garantiu que o sistema seria totalmente normalizado até o dia 4 de outubro. No entanto, nesta terça-feira (8), os relatos de caixas d’água vazias e pressão irregular continuam a se multiplicar nas redes sociais e grupos de moradores.
Segundo a empresa, além dos furtos, o aumento das temperaturas e manutenções emergenciais em redes adutoras contribuíram para o desequilíbrio no sistema. Ainda assim, a Copasa nega a existência de racionamento e afirma que o fornecimento estaria “em processo de estabilização”. A justificativa, porém, não convence a população, que cobra mais transparência e planejamento diante dos recorrentes problemas.
“Eles dizem que está tudo normal, mas passamos o fim de semana inteiro sem água. Isso virou rotina”, reclamou um morador do Jardim Fabiana. Em vários bairros, escolas, comércios e até unidades de saúde precisaram adaptar rotinas ou suspender atividades.
A falta de comunicação e o prolongamento da crise intensificaram o sentimento de descaso. Moradores exigem que a Copasa apresente um plano claro para garantir o abastecimento e evite novos episódios que, ano após ano, transformam o cotidiano de Lavras em uma batalha por água.
