Professora da UFLA participa do evento “Prosa Sementeira” nesta quarta-feira (7)

A próxima “Prosa Sementeira”, agendada para o dia 7 de julho, às 19 horas, traz como tema o “Tratamento de sementes de grandes culturas”, um assunto atual e necessário voltado ao produtor rural. Com as novas tecnologias de aplicação é possível garantir a alta qualidade do tratamento e a manutenção do vigor das sementes.
O curioso é que diferente do que muitos pensam, o tratamento de sementes não é uma ferramenta da atualidade, os primeiros relatos dessa atividade ocorreram  há mais de 400 anos.
Para debater este assunto, a professora da Universidade Federal de Lavras (UFLA),  Maria Laene Moreira Carvalho, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologias de Sementes (ABRATES), promotora do evento, convidou para este quarto episódio, três especialistas que vão abordar os diversos tipos de tratamentos de sementes, de químicos a biológicos,  e a importância deles na agricultura atual.
De acordo com a professora, o tratamento de sementes não só ajuda a eliminar ou reduzir a pressão de pragas e doenças em sementes e plântulas, mas também pode impedir a entrada do patógeno em áreas isentas. “A semente tratada também pode favorecer a germinação mais uniforme das plântulas e evitar a necessidade de replantio, minimizando o impacto negativo aos seres humanos, aos animais e ao meio ambiente”, explica ela.
EVOLUÇÃO – Um dos convidados é o pesquisador da Embrapa Soja, Ademir Assis Henning, que vai contar um pouco da evolução e a importância do tratamento de sementes de grandes culturas. De acordo com Henning, no mundo, o tratamento químico de sementes é uma prática antiga, porém no Brasil, a  recomendação oficial do tratamento com fungicidas para sementes de soja foi feita pela Embrapa Soja, em 1981. Contudo, sua adoção no início foi lenta, sendo que na safra 1990/91 apenas 5% da semente de soja era tratada. Atualmente, cerca de 95% da área de soja é tratada.
Segundo Henning, se o produtor, principalmente do Cerrado, não utilizar uma semente tratada, vai contabilizar perdas em razão das falhas no plantio. “Se antes para fazer o plantio eram precisos cento e poucos quilos de sementes por hectare, hoje,  esse número caiu para 40/45 quilos por hectare, em razão da plantabilidade e a qualidade da semente que  melhoraram”, afirmou.
POTENCIAL – Para que as sementes expressem seu máximo potencial no campo é essencial que estejam protegidas contra patógenos e insetos, afirma a engenheira agrônoma e Coordenadora de Qualidade da Syngenta, Thais Andrade, que vai participar da live abordando o efeito da associação inseticidas com fungicidas e consequências na avaliação da germinação por métodos tradicionais.
“A Syngenta possui uma divisão totalmente dedicada ao tratamento de sementes chamada Seedcare. O Seedcare não se trata apenas de produtos, mas também tecnologias de aplicação e serviços para garantir a alta qualidade do tratamento e a manutenção do vigor das sementes tratadas”, informa Thais.
De acordo com Thais Andrade, entre os serviços estão os estudos de “Seed Safety” realizados no laboratório de qualidade fisiológica do Seedcare Institute onde é verificado o efeito dos produtos na qualidade das sementes, bem como o tempo de armazenamento das sementes tratadas. “E, para utilizarmos as metodologias mais assertivas, trabalhamos em conjunto com a comunidade científica e com nossos clientes”, complementa.
PROBLEMAS E SOLUÇÕES – O engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Everson Reis Carvalho, do Departamento de Agricultura e Setor de Sementes, fará uma avaliação das sementes tratadas mostrando problemas e soluções.
Para ele, o  tratamento de sementes atualmente é uma realidade, porém para que seus objetivos sejam alcançados deve ser realizado em função das recomendações técnicas pertinentes a cada situação. “Devido às suas vantagens, a maioria dos agricultores utilizam essa técnica em seus cultivos, sobretudo para grandes culturas como soja e milho”, diz.
Hoje, segundo Carvalho,  grande parte das análises fisiológicas realizadas nos laboratórios são com sementes tratadas, com os mais diversos produtos, o que demanda cuidados na escolha e condução dos testes para que a qualidade seja corretamente estimada.SERVIÇO
IV Prosa Sementeira – “Tratamento de sementes de grandes culturas”
Dia: 7 de julho às 19 horas
Onde: canal da Abrates no youtube

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