Milhares de pessoas no mundo todo aguardam o fim da pandemia do Covid-19, responsável por tirar a vida de mais de 100 mil pessoas no mundo. O confinamento social e as incertezas a cerca do futuro representam a nova realidade para boa parte da humanidade.
“Esse é um momento de respeito ao próximo. Mesmo que não estejamos nos grupos de risco, que incluem idosos e pessoas com problemas crônicos de saúde, nós precisamos ter solidariedade para com todos”.
Para falar sobre os impactos que a epidemia provoca na economia global, a reportagem do Lavras 24 Horas conversou com o Professor de Economia e chefe do Departamento de Gestão Agroindustrial da Universidade Federal de Lavras (DGA/UFLA), Renato Fontes (foto), sobre o assunto. Veja a conversa:
Como a pandemia afetou a economia mundial?
Numa economia globalizada como vivemos, todo o planeta sentiu os impactos da pandemia do Covid-19. Houve uma queda nas bolsas de valores do mundo todo, sinalizando que os processos de produção industrial, prestação de serviços e de consumo foram prejudicados. Para minimizar a crise provocada pela pandemia, a quarentena foi implantada, consequentemente, isso afeta a ordem econômica do mundo. Sendo um fato inédito na nossa geração, a pandemia, em um primeiro momento, com a determinação das autoridades locais e estaduais decretando o isolamento social, preconizado pela ciência médica, afetou o processo econômico normal de consumo das pessoas, com isso as empresas não tem como vender os seus produtos. Com a suspensão da produção e comercialização gera-se uma queda econômica muito forte, sentida por todos os segmentos da sociedade.
Que consequências a pandemia pode trazer neste momento para a economia?
Quanto maior for a duração do processo de quarentena, isolamento vertical ou horizontal, seja como for, maiores serão os efeitos negativos deste processo na economia. Corre-se o risco de ocorrer um elevado fechamento das empresas, ocorrera uma elevação do desemprego e ociosidade dos prestadores de serviços, impactando profundamente as receitas dos governos, sejam eles, municipal, estadual e federal, além da recessão econômica e o aumento do déficit público. O que se espera é que os efeitos da quarentena sejam salutares. Precisamos ter em mente que o mais importante é manter a saúde das pessoas neste momento, porém a economia como uma ciência também tem quer ser considerada nas tomadas de decisão para amenizar os efeitos negativos que atinge a todo o País. Todo mundo foi afetado por essa situação. Os efeitos são negativos para todos países e sua sociedade, muito embora os mais afetados negativamente neste processo serão os países mais pobres e em desenvolvimento.
Diante deste cenário, o que esperar para o futuro da economia lavrense?
É inegável que a cidade sofrerá os efeitos negativos da pandemia como em qualquer lugar do Brasil e do mundo. A suspensão das atividades econômicas como ensino, alguns comércios e a diminuição da atividade para outros setores da economia lavrense já estão sendo sentidos pela maioria da população, deste de que esta pandemia se instalou, porém com o estender do tempo em situação anormal, os efeitos na economia serão ainda mais negativos e sentido pela sociedade. O principal fator é ter calma e ser resiliente. Entender que isso é um fato novo, que gera medo e apreensão, mas que existem soluções para as situações. É preciso ter paciência e tranquilidade, respeitar as indicações das autoridades sanitárias e constituídas. Não podemos esquecer que vivemos em sociedade. Esse é um momento de respeito ao próximo. Mesmo que não estejamos nos grupos de risco, que incluem idosos e pessoas com problemas crônicos de saúde, nós precisamos ter solidariedade para com todos. Somos seres da luz divina e sempre encontramos soluções para as nossas dificuldades. É preciso ter em mente que a humanidade sempre enfrentou problemas e sempre progrediu com as dificuldades. O sofrimento é parte deste momento, mas melhorará. Passando este processo, por mais profundo e prejudicial que seja para a atividade econômica, a economia voltará a crescer, o movimento econômico não para e reverterão as grandes dificuldades deste momento.
