Por Diego Nascimento:Você está procurando emprego?

Em maio de 2020 completei vinte anos no mercado de trabalho. Meus primeiros passos foram ainda na adolescência, quando, aos 14, recebi a oportunidade de um estágio. É fato que o Diego daquela época é completamente diferente do Diego de hoje. Amadureci e aprendi a enxergar mais e mais oportunidades em meio aos desafios por meio do relacionamento humano e da qualificação. Muito além do histórico profissional, eu vejo no trabalho uma forma de louvar e agradecer a Deus e, também, de abençoar outras vidas. 

Falar em emprego no meio dessa pandemia parece loucura. Concordo que o atual cenário mundial será responsável por uma crise sem precedentes, mas que jamais será vencida sem atitude. A história mundial traz evidências claras de como nos reerguemos após eventos que pareciam o apocalipse. Eu tenho plena certeza de que você, lendo esse texto até aqui, reviveu alguma experiência pessoal e que serviu de completo aprendizado e talvez motivação para quem você é hoje. Mas por qual razão a pergunta “Você está procurando emprego?” lidera o topo desse artigo?

Com frequência recebo currículos de pessoas conhecidas e desconhecidas pedindo auxílio por uma vaga profissional. Os perfis são dos mais variados e as idades também. De antemão esclareço que não sou recrutador, mas por meio de contatos tive a chance de ajudar muita gente nessa busca. O meu preço? Nenhum. A simples manifestação de alegria de uma jovem que encontrou seu primeiro emprego ou de alguém que foi reconduzido à ativa já são suficientes. E nesses anos, onde tenho testemunhado as mais diversas situações, tomei a liberdade de observar reações e criar três grupos de perfis de candidatos. São eles:

  1. Determinados: reúne cidadãos capacitados ou em fase de capacitação e que estão dispostos a encarar qual seja a oportunidade que surgir (meio período, por hora…) e que ofereça condições interessantes de crescimento e aprendizado; 
  2. Flutuantes: a vontade de trabalhar passa longe. São acomodados e preferem ser sustentados por terceiros. Geralmente os currículos são distribuídos por algum familiar ou pessoa externa que, por experiência, sabe dos resultados desse estilo de vida a curto, médio e longo prazo;
  3. Borbulhantes: justificam que somente começarão a trabalhar quando “um emprego à altura” surgir. Se esquecem de que a vida é feita de degraus onde há o tempo certo para tudo e pensam que o fator de terem um diploma/certificado com determinado logotipo ou um sobrenome tradicional faz com que o mercado os absorva diretamente para o topo da pirâmide. 

É bem possível que você conheça quem se enquadre em cada um dos grupos que criei. A boa notícia é que sempre há tempo para mudanças e reconsiderações para os Flutuantes e os Borbulhantes. A existência dos Determinados é um dos motivos que criam impacto positivo e, por isso, acredito na necessidade de cedermos uma segunda chance para que soberbos e acomodados reconsiderem suas atuais posições e entendam o senso de unidade. 

E, por fim, recomendo perseverança em meio ao caos. Jamais abandone a mansidão, o domínio  próprio e peça ajuda se for necessário. Humildade é uma das características de quem voa alto. 

Diego Nascimento é jornalista corporativo, consultor e palestrante internacional. Atua como líder do Escritório de Projetos das Construtoras PEMI e Lasper 

www.diegonascimento.com.br

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