Por Diego Nascimento: Quem gosta de ganhar no grito?

Por Diego Nascimento 

Quem me conhece sabe o quanto eu prezo por uma postura profissional minimamente respeitosa e pautada no diálogo. Ao longo dos meus vinte anos de carreira testemunhei situações dolorosas envolvendo manifestações escritas e principalmente verbais entre colegas de trabalho. No calor das emoções amigos se tornam inimigos, atividades são comprometidas pela falta de coesão e os potenciais resultados de sucesso se tornam uma incerteza. 

Um dos personagens que eventualmente cito em meus artigos é o Rei Salomão. A própria Bíblia e manuscritos arqueologicamente coletados e traduzidos evidenciam que o monarca se destacou entre os líderes mundiais de sua época por causa de uma característica preciosa: a sabedoria. Foi em um de seus registros no livro de Provérbios, capítulo 4, verso 24, que encontramos uma importante recomendação: “Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.” No entanto, a fragilidade que vivenciamos em nossos dias têm revelado algumas pessoas completamente descontroladas e que fazem da agressão verbal (e física em alguns casos) o único meio de encontrar respostas. Abomino as duas escolhas citadas na frase anterior e reafirmo que o diálogo é quem tem feito a diferença. 

Tudo bem. Concordo que não somos robôs e que as emoções se sobressaem em certos momentos. Sei de casos em que situações adversas no lar culminam em um comportamento hostil desse ou daquele profissional e vice-versa, porém, a busca por um equilíbrio e a moderação nas palavras e no tom de voz é um exercício diário. Talvez por preguiça ou arrogância, há quem ignore essa prática e prefira “ganhar no grito.” Desculpe, mas sinto dizer que os que optam por essa linha têm uma maior probabilidade de isolamento e rejeição a curto, médio e longo prazo. 

A boa notícia nisso tudo é que ainda há tempo para ajustes. A mansidão e o domínio próprio transformam vidas, salvam carreiras e abrem novas oportunidades. Liderança e espírito de competitividade são caracterizadas por decisões acertadas e, principalmente, pela inteligência emocional. O mesmo Salomão que citamos no início do texto registrou em Provérbios 10:8 “Os sábios de coração aceitam mandamentos, mas a boca do insensato o leva à ruína.” 

Por fim, a minha última recomendação é que continuemos a vigiar nossas falas e atos. Há quem nos observa no sentido de referência: filhos, irmãos, amigos e quem trabalha conosco. Afinal, “A boca fala do que está cheio o coração.” 

Até o próximo artigo! 

  • Diego Nascimento é jornalista corporativo, consultor e palestrante internacional. Atua como líder do Escritório de Projetos das Construtoras PEMI e Lasper   www.diegonascimento.com.br 

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