Por Diego Nascimento: O Sr. Carteiro

 

Por Diego Nascimento

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Mr. Postman (Sr. Carteiro) é uma canção lançada em 1961 por um grupo de cantoras chamado The Marvelettes. Mais tarde, os lendários The Beatles e The Carpenters  regravaram a icônica música que até os dias de hoje faz parte do repertório de festas mundo afora. Mas o texto de hoje não é para falar sobre o meu gosto musical, pelo contrário, é contar para você a importância da figura do carteiro na minha formação como comunicador e gestor.

Aprendi a ler e a escrever entre os quatro e cinco anos de idade. Era o final da década de 1980 e, por isso, a instantaneidade tecnológica que temos hoje era ainda tema de filme de ficção científica (a trilogia De Volta para o Futuro que o diga … ). Foi nessa fase da minha infância que fui apresentando a um pedaço de papel dobrado, colado e com formato retangular. No interior havia uma folha repleta de palavras frente/verso. Lembro de alguém chamar aquele negócio de correspondência e em questão de segundos minha curiosidade foi despertada: assim foi o meu primeiro encontro com o universo dos correios.

A medida que eu ia crescendo, meu vocabulário foi se ampliando e descobri que escrever cartas refletia um ato de nobreza e cavalheirismo. Sem data marcada, preparei a primeira cartinha, a quinta … a décima … e confesso que esperar pela passagem do carteiro para entregar a tão esperada carta-resposta era algo inigualável. Quando eu via, ao longe, aquele bondoso senhor vestindo o tradicional uniforme amarelo e azul parecia que uma grande caixa de surpresas estivesse por ser aberta. Os destinatários na maioria eram familiares e amigos. Minha avó materna, Josefina, hoje com 86 anos, é a campeã de envios. De forma simples e carinhosa ela sempre marcou presença na caixa dos correios de nossa casa. Meu avô paterno, Sr. Janot (In memoriam) foi um dos que lideraram o pódio das correspondências destinadas ao netinho Diego.

Trinta anos depois, esse benéfico exercício de escrita e dedicação ao próximo está agregado ao meu DNA. Sei que não é fácil, mas sempre há um tempinho para que o papel e a caneta entrem em ação. Ao mesmo tempo, concordo que vivemos em uma época onde as horas voam e não fazer uso das mídias sociais para se corresponder é uma escolha delicada. Uso com frequência o Facebook, o Instagram e o WhatsApp para me comunicar, no entanto, há certas ocasiões em que a carta impressa pode evocar sentimentos dos mais positivos em quem envia e em quem recebe. E se o conteúdo for manuscrito? Melhor ainda!

Que tal selecionar alguns parentes, amigos e preparar uma correspondência repleta de boas lembranças? Junte aquelas moedas guardadas em seu bolso, faça a postagem, e permita que suas palavras escritas na folha de papel provoquem lágrimas e sorrisos de felicidade em quem receber a sua carta.

PS.: registro aqui minha admiração aos profissionais dos correios que sob sol, chuva e neve são responsáveis por conectar pessoas e continentes mesmo quando a internet era só um rascunho de papel.

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