Por Cléa Andrade: Sobre a Vida 24/03/21

 

 

Pensando sobre a vida concluí que a pandemia veio ajudar a enxergar as coisas e as pessoas tais quais são de fato. Inversões equivocadas. Coisas são só coisas, difíceis de carregar, como cantou Chico César. E pessoas, são acostumadas a ter coisas; logo, passaram a aceitar, ao menos em tese, a possibilidade de outras formas de vida, aquelas banais como lavar o rosto e retirando a impureza sem precisar aditivos outros. Concluí mais, que as pessoas “sociais” ficaram chatas, ranzinzas, inventando tronos e reinos com toda força que armazenaram estando em casa. Parece que descobriram a pólvora lá dentro e estando presas, provocam agora hecatombes para chamar a atenção, já que não têm a liberdade antes que tardia. Tarde ficou para quem necessita mover, mostrar, garantir-se não esquecido, fugindo de um “autoencontro” como fora antes com o espelho, ora virado em Rede Social. Começaram mostrando a casa, o que mudar, adaptar. Parece que nunca estiveram ali; e foi assim mesmo. O choque de descobrir que não aromatizavam seus cantos e agora terão que fazer, caso busquem energia boa, quase sempre ficou para depois. Esse choque chegou! Então, o que adquirir já que roupas e amigos perderam o espaço real e carnal? Sem opção, acabam realizando que suas buscas devem iniciar no interior, não necessariamente como objeto de decorador… Ao exteriorizar essas buscas cabe o respeito ao de longe e ao de perto, posto que lá bem mais além alguém nos visualiza sem qualquer rede…

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