A Polícia Militar de Lavras começou uma campanha para alertar e prevenir a população sobre os riscos do uso do cerol nas linhas de papagaios.Trata-se ma mistura de cola e vidro moído que é passada nas linhas para poder cortar a do ‘adversário’. Além dele, uma nova modalidade preocupa as autoridades, a linha chilena. Feita de um processo industrializado, o material é mais cortante do que o cerol, garante as autoridades.
Segundo a chefe do setor centra da PM, tenente Edilaine Andrade de Paulo Carvalho, com as férias escolares a prática aumentam os riscos e acidente com o produto. Estão sendo distribuídos panfletos e realizadas operações preventivas para inibir a prática do uso do cerol. “O papel da população em denunciar estes casos é fundamental”, disse.
Ela informou que além das pessoas que soltam papagaios, outro alvo da campanha são os motociclistas, que podem a ver se ferir de forma grave com o produto. A tenente disse também que a linha oferece risco de danos na rede elétrica, além de acidente envolvendo crianças que costumam subir em cima de lajes para soltar os papagaios.
Uma Lei estadual de 2002 proíbe a venda de ingredientes para fabricação e uso do cerol em papagaios em todo o Estado. A multa nestes casos podem variar de R$ 100 a R$ 1.500 mil. Tenente Edilaine Edilaine disse que cabe aos pais fiscalizarem a conduta dos filhos que costumam soltar papagaios nessa época do ano.
Rede elétrica
Dados divulgados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) essa semana mostram que o uso das linhas com cerol também tem provocado estragos na rede elétrica. A empresa afirmou que foram 1.528 mil ocorrências de interrupção no fornecimento de energia elétrica devido a essa prática, que afetou cerca de 450 mil consumidores.
Segundo a Cemig, na região Sul de Minas foram registrados 199 desligamentos provocados por pipas na rede elétrica, nos primeiros seis meses do ano.
