Polícia Civil investiga caso de suposta venda de recém-nascido em Lavras

delegacia lavras 2

A Polícia Civil de Lavras está investigando um caso de uma suposta venda de uma recém-nascido que teria ocorrido em Lavras.

Na última terça-feira (10), a Polícia Militar foi acionada pelo Conselho Tutelar de Lavras para comparecer ao Posto de Saúde da Família (PSF) da Chacrinha. No local, os militares encontraram uma mulher que teria levado um recém-nascido para realizar o teste do pezinho, mas as enfermeiras ao verificar a carteira de vacina da criança, suspeitaram que havia algo estranho, já que o nome da mãe que constava na carteirinha era diferente da que estava lá com a criança.

Foi localizado então a médica que teria feito o parto e também a mãe biológica da criança, a qual relatou aos militares que teria feito o pré-natal com a médica e que teria dito à ela que não sabia se poderia ficar com a criança. A médica então teria dito que era melhor entregar a criança a um casal que teria condição de criá-la. O casal que foi localizado em Luminárias, teria então contratado uma advogada para que fosse feita uma “Declaração de Guarda” e que para esse procedimento o casal pagaria para a advogada cerca de R$ 2000,00.

Os envolvidos foram encaminhados para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Lavras e o Delegado Jaison Stangherlin que estava de plantão iniciou as investigações. Após ouvir todas as partes, ficou constatado que não se tratava de um crime em estado de flagrante.

Agora, o Delegado Vitor Matsuoka é quem cuida do caso e está novamente ouvindo os envolvidos. Segundo ele,” a princípio é importante saber se um depósito de R$ 2850,00 feito na conta da mãe da criança. A mãe disse que o dinheiro é do marido, já que a conta do casal é conjunta. O delegado enviou um ofício ao banco para saber a procedência do dinheiro. Se for comprovado que quem depositou o dinheiro foi o casal suspeito, fica comprovado o crime de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Se não foi, desconfigura o crime mas será apurado a conduta da médica e da advogada do casal, envolvidas no caso.”

Ainda de acordo com Matsuoka, de qualquer forma a adoção da criança foi irregular. “Não é fácil adotar uma criança no Brasil, é um procedimento burocrático, é preciso entrar em uma fila, são anos de espera, é preciso saber da advogada porque o procedimento foi feito desta maneira.”

Enquanto as investigações estão sendo feitas, o bebê que é uma menina está sob a tutela do Estado em um local de acolhimento aqui em Lavras.

O processo por envolver uma criança deverá correr em segredo de justiça.

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