A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que indiciou o vereador Marcelo Henrique de Mello Alves (Podemos), de Nepomuceno, por violação sexual mediante fraude contra um adolescente de 15 anos. O crime teria ocorrido em 23 de março de 2025, na residência do parlamentar.
Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente relatou que, após conversas via WhatsApp, foi convidado pelo vereador a ir até sua casa para receber um objeto. Ao chegar, foi conduzido a um quarto, onde o vereador teria trancado a porta e cometido o ato sexual sem consentimento da vítima. A equipe médica da Santa Casa de Nepomuceno confirmou sinais de abuso.
O vereador foi preso preventivamente em 27 de março e encaminhado ao Presídio de Lavras. Em depoimento, ele admitiu a relação sexual, mas alegou que foi consensual.
A Câmara Municipal de Nepomuceno instaurou uma comissão processante para apurar o caso, podendo resultar na cassação do mandato do vereador. A comissão é composta pelos vereadores Marcos Memento (PT), Mariana Dessimoni (União) e Rogério Pedroso (PL).
O delegado responsável pelo caso, Bruno Bastos, informou que, após a prisão, outros adolescentes procuraram a polícia para relatar abordagens semelhantes por parte do vereador. Embora não sejam considerados vítimas, os depoimentos reforçam a investigação.
O caso segue em investigação para identificar possíveis outras vítimas e esclarecer todos os fatos relacionados.
