Moradora de Lavras, pintora eslovaca prepara sua primeira exposição na cidade

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“O que falta na cidade é um espaço para educar o público. Se os artistas não tiveram onde expor, eles acabam por expor suas obras fora daqui.”, diz a pintora.

Parece que foi ontem que a artista plástica Vladimira Cabanova, 31 anos, aterrissou em Lavras depois de uma temporada de dois anos na capital da Inglaterra, Londres.

Nascida na República Eslovaca, país cindido pela guerra e a ocupação russa impetrada pelo regime comunista durante décadas, “Vlada”, como gosta de ser chamada, deixou sua terra natal para se aventurar na cidade em 2008, quando começou seu trabalho como voluntária no Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET).

Aqui permaneceu por um ano, depois retornou para seu país de origem para também trabalhar com voluntariado, mas retornou à Terra dos Ipês e das Escolas em 2011. Aqui construiu um circulo de amizades e também se casou com um jovem lavrense.

Obra de autoria da artista mostram aproximação com o universo da pintura abstrata.
Obra de autoria da artista mostram aproximação com o universo da pintura abstrata.

Atualmente Vlada divide seu tempo entre aulas de inglês dadas em uma escola particular e seu ateliê, localizado em sua residência, onde desenvolve seu trabalho como pintora e fotógrafa, área a qual ganhou visibilidade através do projeto Abril Pra Foto, realizado pelo coletivo Plano Aberto anualmente em Lavras.

A artista contou que ainda não encontrou espaço para mostrar sua pintura na cidade e que sua produção ficou um pouco parada neste período. Com exposições de fotografia que passaram pela Eslováquia e Parati (RJ), ela pretende brevemente montar uma mostra de pintura na cidade.

Vlada afirmou odiar o calor e que seu melhor amigo no país tem sido o ventilador nas últimas semanas. “O único problema dele é que não anda. Se ele pudesse me acompanhar na rua seria perfeito”, contou de forma jocosa.

Ele disse que conhece artistas muito bons que moram em lavras, mas o que falta na cidade é um espaço para educar o público. “Se os artistas não tiveram onde expor, eles acabam por expor suas obras fora daqui” disse.

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