Pai é preso em flagrante por esganar filha e queimar corpo em São Paulo

Um caso chocante abalou a cidade de São Paulo, onde um pai foi preso em flagrante pela polícia por suspeita de esganar sua própria filha, transportar seu corpo em uma caixa de papelão, ordenar sua queima e escondê-la em um buraco próximo à Avenida 23 de Maio, no Centro da cidade.

Wellington da Silva Rosas, de 39 anos, foi detido um dia após ser gravado por câmeras de segurança deixando seu apartamento na Bela Vista, região central, utilizando um carrinho de mão para carregar uma caixa de papelão. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou que dentro da caixa estava o corpo de Rayssa Santos da Silva Rosas, de apenas 18 anos.

Segundo relatos da Polícia Civil, o pai teria confessado o crime, alegando que discutiu com a jovem por causa da separação dos pais. Wellington afirmou que a discussão se intensificou quando Rayssa ficou ao lado da mãe durante a separação, o que o teria irritado profundamente.

De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, Wellington relatou ter esganado a filha na noite de domingo em seu apartamento, onde posteriormente teria dormido ao lado do corpo. Na noite seguinte, ele teria transportado o corpo em uma caixa de papelão até a Avenida 23 de Maio, onde o descartou em uma vala existente na pista. O pai admitiu também ter contratado um morador em situação de rua para queimar o cadáver, pagando-lhe R$ 10 e utilizando 1 litro de etanol.

O desaparecimento de Rayssa foi reportado por sua mãe na segunda-feira, quando ela não retornou para casa. Na terça-feira pela manhã, a PM foi acionada por testemunhas que avistaram um corpo carbonizado próximo à Avenida 23 de Maio. Após análises, o DHPP confirmou que se tratava do corpo da jovem desaparecida.

Wellington foi preso e indiciado por homicídio triplamente qualificado, feminicídio, destruição e ocultação de cadáver. A polícia está investigando a veracidade da versão dada por ele sobre o envolvimento de um morador de rua no crime.

O DHPP solicitou à Justiça a conversão da prisão em flagrante de Wellington em preventiva. O acusado já tinha passagens criminais anteriores por tentativa de homicídio, roubo, furto e tráfico de drogas.

Familiares e testemunhas estão sendo ouvidos pelo DHPP, enquanto a cidade tenta compreender a extensão da crueldade desse ato. A mãe de Rayssa, desesperada, temia pela vida do outro filho menor, pois acreditava que Wellington poderia tentar machucá-lo também. O caso despertou indignação e revolta na população, que não consegue entender como um pai poderia cometer tamanha atrocidade contra sua própria filha.

 

Até o momento, a defesa de Wellington não foi localizada para comentar sobre o caso.

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