OPINIÃO – Lavras precisa aprender a conviver com o sucesso do Arapuca Festival

Há 17 anos, o Arapuca Festival transforma Lavras em palco de um dos maiores eventos universitários do Sul de Minas Gerais. O que começou como uma simples festa de república em 2008, hoje é um fenômeno que movimenta a cidade, atrai público de todo o Brasil e injeta vida — e renda — na economia local.

Durante um fim de semana, hotéis lotam, restaurantes trabalham em ritmo acelerado e dezenas de empregos temporários são gerados. A cada edição, o festival se consolida como uma vitrine para Lavras, que passa a ser lembrada não apenas pela tradição universitária, mas também pela capacidade de receber grandes eventos com organização, segurança e consciência ambiental.

E sim, consciência ambiental. Enquanto muita gente ainda associa grandes festas ao lixo e à desordem, o Arapuca vem dando exemplo. Há anos, aboliu o uso de copos descartáveis e adotou modelos ecológicos reutilizáveis. A coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos seguem protocolos rigorosos, minimizando o impacto ambiental. É um evento que gera alegria, mas também responsabilidade.

Mesmo assim, parte da população insiste em enxergar o festival sob o prisma do incômodo — o som alto, o fluxo de jovens, o movimento nas ruas. É legítimo desejar tranquilidade, mas é preciso reconhecer que o progresso, a cultura e o entretenimento também fazem parte da vida em sociedade. O Arapuca não é desordem: é símbolo de organização, identidade universitária e energia criativa.

Reclamar do Arapuca é fechar os olhos para o quanto ele projeta Lavras positivamente. Ao invés de enxergá-lo como problema, talvez seja hora de valorizá-lo como patrimônio cultural e econômico da cidade — um evento que une diversão, sustentabilidade e desenvolvimento.

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