A morte de uma onça-jaguatirica adulta na manhã desta segunda-feira (1º) na MG-354, entre Lavras e Luminárias, voltou a evidenciar o alto custo da expansão humana para a fauna silvestre do Sul de Minas. O animal, atropelado próximo à localidade do Papagaio — ponto conhecido pela travessia de espécies nativas — não resistiu ao impacto.
O trecho possui sinalização alertando para a presença de fauna, mas o excesso de velocidade praticado por motoristas segue sendo um dos fatores que transformam a rodovia em uma armadilha para animais que tentam se deslocar entre fragmentos de mata.
Segundo especialistas, o desmatamento acelerado pela expansão agrícola, imobiliária, madeireira e mineradora tem fragmentado os habitats, isolando áreas de vegetação e obrigando espécies como jaguatirica, tamanduás e porcos-espinhos a fazerem travessias perigosas. Esses deslocamentos forçados elevam tanto o risco de morte para os animais quanto a chance de acidentes graves para motoristas.
Ambientalistas reforçam que a criação de corredores ecológicos é a principal solução de longo prazo para reduzir atropelamentos, conectando áreas de mata e permitindo deslocamentos seguros. Até que medidas estruturais sejam implantadas, a redução da velocidade em trechos sinalizados é apontada como ação imediata e essencial para proteger a vida silvestre.
Informações e imagem: Jornal de Lavras





