O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmou nesta quinta-feira (29) a instalação da CPI do Crime Organizado, que será oficialmente aberta na próxima terça-feira (4/11). O anúncio ocorre em meio à repercussão das operações mais letais da história do Rio de Janeiro, reacendendo o debate sobre a expansão das milícias e facções criminosas no país.
O requerimento, apresentado em 5 de fevereiro de 2025 pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), obteve 31 assinaturas, superando o mínimo exigido pelo regimento. Nenhum parlamentar do Partido dos Trabalhadores (PT) — que conta com nove senadores — assinou o documento.
A CPI terá como foco a estruturação, expansão e financiamento do crime organizado, com ênfase em facções como PCC e Comando Vermelho, além das milícias que controlam áreas inteiras em diversos estados.
“É hora de enfrentar esses grupos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou Alcolumbre.
A comissão será composta por 11 titulares e 7 suplentes, com prazo inicial de 120 dias para concluir os trabalhos. Entre os signatários estão Sergio Moro, Flávio Bolsonaro, Damares Alves, Magno Malta, Marcos Pontes, Tereza Cristina, Jorge Kajuru e Alessandro Vieira — um grupo que reúne oposicionistas e independentes.
A CPI promete ser uma das mais tensas e politicamente carregadas do Senado, colocando o governo Lula sob pressão diante do avanço das discussões sobre segurança pública e o poder das facções no Brasil.









