“Nem todo herói é notado”: estudo revela que filhos responsáveis costumam ser os mais ignorados pelos pais

Pesquisas recentes têm mostrado que o favoritismo parental, mesmo quando não intencional, é mais comum do que se imagina e pode deixar marcas emocionais duradouras nas famílias. Estudos da Brigham Young University (BYU), da Psychology Today e de publicações da Scientific American indicam que pais e mães, em diversas culturas, tendem a tratar seus filhos de forma diferente — muitas vezes movidos por preocupações, culpa ou hábitos emocionais inconscientes.

Segundo especialistas, isso não significa necessariamente que exista “um filho preferido” de forma consciente. Em muitos casos, os pais acabam demonstrando mais cuidado e proteção ao filho que parece precisar de mais ajuda, enquanto o que é mais independente ou responsável acaba sendo tomado como garantido. Esse filho, que “nunca dá trabalho”, frequentemente recebe menos elogios e atenção, ainda que seja quem mais contribui para o bem-estar da família.

“O favoritismo pode surgir de forma sutil. Pais se preocupam mais com o filho que parece vulnerável e esquecem que o outro também precisa de reconhecimento emocional”, explica o psicólogo e pesquisador Alex Jensen, da BYU, em estudo sobre o tema.

Os efeitos podem aparecer com o tempo: filhos que se sentem menos valorizados tendem a apresentar baixa autoestima, cansaço emocional e o sentimento de que precisam se esforçar para merecer amor. Já o irmão que recebe mais atenção pode sentir culpa ou dependência emocional dos pais.

Pesquisadores reforçam que o equilíbrio não significa tratar todos os filhos de maneira idêntica, mas garantir que cada um se sinta amado e valorizado pelo que é — e não apenas pelo que faz. Entre as orientações práticas, estão ouvir com atenção cada filho, agradecer pelas pequenas atitudes e evitar comparações diretas.

“Quando o amor e o tempo são compartilhados de forma justa, todos os vínculos familiares se fortalecem”, conclui o artigo publicado pela Psychology Today em 2025.

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