Minas Gerais e Belo Horizonte perdem selo de bom pagador

Um dia após reduzir a nota de crédito do Brasil, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou as notas de Minas Gerais e Belo Horizonte de Baa3 para Ba1, categoria considerada especulativa. Com a revisão, o Estado e a capital perderam o selo de grau de investimento (bom pagador). A perspectiva ficou estável.

Assim como Minas, o Paraná deixou o grupo de grau de investimento ao ser classificado em Ba1, deixando o Baa3, o último degrau da categoria de bom pagador. São Paulo e Maranhão, além da cidade do Rio de Janeiro, também tiveram a classificação revista, mas de Baa2 para Baa3, o último degrau da categoria de bom pagador.

“Na visão da Moody’s, a deterioração em curso na economia brasileira e das condições fiscais do governo federal têm um impacto direto no ambiente operacional de estados e municípios”, justificou a agência em comunicado.

A Moody’s rebaixou ainda os ratings de 12 bancos brasileiros e da BM&FBovespa, dentre eles o Bradesco, Citibank, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Santander, Caixa Econômica Federal, HSBC e Itaú Unibanco, que apestar da redução da nota de risco, mantiveram o grau de investimento.

Mercado

Ontem, o dólar fechou em R$ 3,48, recuo de 0,56%. Apesar do alívio, preocupações com China voltaram a pesar sobre os mercados e derrubaram a Bolsa brasileira para o menor patamar em cinco meses.

O governo chinês realizou nova intervenção no câmbio e desvalorizou o yuan pelo segundo dia seguido. A medida busca tornar a economia chinesa mais competitiva e melhorar as contas do país.

O Ibovespa encerrou o dia com desvalorização de 1,39%, para 48.388 pontos, no menor nível desde 10 de março, quando o índice fechou a 48.293 pontos.

No mercado doméstico, o ambiente foi de otimismo. “O mercado esperava um corte que tirasse o grau de investimento do país. Ao colocar a nota em perspectiva estável, a Moody’s deu um tempo a mais para o governo tentar se recompor e levar adiante um ajuste fiscal mais crível, que leve a dívida pública para uma trajetória sustentável”, avaliou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

Fonte: Hoje em Dia

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