Um passo histórico na saúde pública das mulheres mineiras foi anunciado pelo Governo de Minas Gerais. A partir de 2026, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, de forma gratuita, testes genéticos capazes de identificar predisposição ao câncer de mama e de ovário — exames até então disponíveis apenas na rede privada.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (28) durante evento no Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, com a presença do vice-governador Mateus Simões (PSD). Segundo ele, serão oferecidos dois mil testes por ano, voltados a pacientes com histórico pessoal ou familiar dessas doenças. O investimento inicial será de R$ 9,8 milhões por ano, com cada exame custando cerca de R$ 1,1 mil.
“Minas sai na frente do resto do Brasil. Estamos trazendo para o SUS algo que antes só existia na rede privada. Se houver necessidade, ampliaremos a oferta”, afirmou Simões.
A ação cumpre a Lei Estadual 23.449/2019, que garante o acesso gratuito à testagem genética para mulheres com risco hereditário. O projeto será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), responsável por parte da análise e da capacitação das equipes médicas.
Os exames serão feitos a partir de amostras de sangue ou saliva, sem necessidade de jejum, e terão resultado positivo, negativo ou inconclusivo. Importante destacar que um teste positivo não significa que a mulher desenvolverá a doença, mas indica um risco maior, exigindo acompanhamento médico contínuo.
Além da testagem genética, o governo mineiro também anunciou a ampliação da faixa etária da mamografia para mulheres de 40 a 74 anos, fortalecendo o rastreamento precoce do câncer de mama na rede pública.
Com essa iniciativa, Minas Gerais se torna o primeiro estado do país a implantar a testagem genética para o câncer de mama e de ovário no SUS — um avanço que promete salvar vidas e ampliar o acesso à prevenção para milhares de mulheres.
