Minas Gerais registrou, neste ano, quatro mortes por febre maculosa, incluindo a do garoto Thales Martins Cruz, 10, em Belo Horizonte, no início do mês. O levantamento é da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que informou que foram, no total, dez casos da doença registrados. Procurada por volta das 17h dessa segunda-feira (19), a pasta afirmou que, por ser fim de expediente, não conseguiria dar detalhes dos óbitos nem os locais onde eles ocorreram.
Em 2015, foram 18 registros da doença no Estado, com seis mortes – 33,3% do total. Neste ano, a taxa de mortalidade subiu para 40%.
Para o infectologista Estevão Urbano, o aumento da mortalidade em decorrência de febre maculosa pode acontecer por duas hipóteses, sendo a mais provável delas o tratamento tardio.
“Outra hipótese seria a bactéria estar um pouco mais agressiva, mas isso é muito pouco provável”, avaliou.
Para o médico, a incidência de casos de febre maculosa na região metropolitana começa a preocupar. “É uma doença incomum, principalmente no nosso meio (urbano). Pode ser o início de um aumento importante. Nada garante que vamos ficar com poucos casos, e há a possibilidade de aumentar muito a incidência”, diz.
COMBATE. Já em andamento no Parque Ecológico da Pampulha, a aplicação de carrapaticida ainda não começou na orla da lagoa. No caso do bairro Jardim Vitória, na região Nordeste, onde um dos dois pacientes com suspeita de maculosa teria se contaminado, a prefeitura iniciou nessa segunda-feira (19) visitas para verificar a presença do carrapato e, se necessário, iniciar o controle.
De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas (Fhemig), os dois pacientes internados estão estáveis. A Fundação Ezequiel Dias recebeu nessa segunda-feira (19) o material para os exames que podem confirmar o diagnóstico. O resultado deve sair entre 15 e 20 dias.
Fonte: O Tempo
