A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) firmou contratos que somam cerca de R$ 19,5 milhões para serviços e ações ligadas à COP-30, conferência do clima que será realizada em Belém (PA) em 2025. O gasto gerou críticas por ocorrer em meio a uma grave crise financeira enfrentada pela estatal, que admite estar operando com risco de insolvência.
Entre os contratos, estão pagamentos de R$ 1,3 milhão à Latam Airlines, R$ 4,5 milhões à Azul Linhas Aéreas, e R$ 7,9 milhões à Sideral Linhas Aéreas para transporte de cargas e serviços logísticos. Além disso, a Cargo Way Event recebeu cerca de R$ 7,5 milhões para a operação de suporte durante o evento.
O caso ganhou ainda mais repercussão após a revelação de que parte da equipe dos Correios teria se hospedado em pousadas de luxo, como a Mirití Pousada, onde três diárias custaram R$ 22.399 cada, totalizando R$ 67 mil.
Os contratos foram realizados sob o argumento de “inexigibilidade de licitação”, o que significa que não houve concorrência formal por entender-se não haver empresas alternativas capazes de prestar o mesmo serviço.
Parlamentares da oposição criticaram o gasto e solicitaram informações ao governo. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) apresentou requerimento cobrando explicações sobre os valores e os critérios de escolha das empresas.
Enquanto isso, os Correios justificaram que os contratos são parte de “ações estratégicas” de logística e visibilidade institucional para o Brasil durante o evento climático internacional.
Fontes: CNN Brasil, Diário do Poder, Brado Jornal, Arquivos A.
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