O Ministério da Educação (MEC) informou a anulação de três questões do Enem 2025 após identificar possível uso indevido de itens de pré-testes em um curso preparatório on-line. A medida foi tomada depois que o Inep constatou que um universitário de medicina havia apresentado, em uma transmissão ao vivo realizada dias antes da prova, conteúdos muito semelhantes aos itens aplicados no exame. O estudante afirmou ter participado de pré-testes do Inep e demonstrava conseguir memorizar questões que futuramente poderiam compor a avaliação nacional.
Segundo o Inep, nenhuma pergunta foi divulgada de forma idêntica às utilizadas na prova deste ano, mas foram identificadas similaridades suficientes para levantar suspeitas de quebra de sigilo ou violação dos protocolos de segurança. Para garantir isonomia e transparência do processo, a Comissão de Elaboração optou pela anulação imediata dos três itens.
Diante do ocorrido, o MEC acionou a Polícia Federal, que agora investigará o caso para identificar responsáveis e eventuais falhas nos mecanismos de proteção do Banco Nacional de Itens. O objetivo é esclarecer se houve acesso irregular, vazamento intencional ou má-fé na divulgação das questões.
Apesar do episódio, o MEC reforçou que o restante da prova permanece válido e seguro, e que nenhum prejuízo será causado aos candidatos além da exclusão dos itens anulados. Os resultados gerais e o uso das notas para ingresso em programas como SISU, ProUni e FIES estão mantidos.
O caso reacende o debate sobre segurança e confidencialidade no Enem, especialmente em relação à realização de pré-testes, participação de colaboradores externos e protocolos de sigilo. O MEC afirmou que já trabalha no reforço das medidas de proteção para evitar novos episódios e garantir a integridade das próximas edições do exame.





