Em meio à megaoperação policial que marcou a história do Rio de Janeiro nesta terça-feira (28), um momento inusitado chamou a atenção: um macaco-prego foi visto agarrado ao pescoço de um policial da Divisão de Busca e Recaptura (Recap) da Polícia Penal do Estado.
A imagem, capturada pelo fotógrafo Mauro Pimentel, da Agence France-Presse (AFP), mostra o pequeno animal sobre os ombros do agente, que estava em meio a outros policiais fortemente armados. O registro rapidamente se espalhou pelas redes sociais, despertando curiosidade e comentários bem-humorados em contraste com o clima tenso da operação.
De acordo com especialistas ouvidos pela imprensa, o animal é um macaco-prego do gênero Sapajus, espécie conhecida por sua inteligência, habilidade manual e comportamento sociável. Não há informações sobre a origem do macaco ou como ele passou a acompanhar os agentes durante a ação.
O biólogo André Maia destacou, em entrevista à Folha de Pernambuco, que a espécie é comum em áreas de mata e frequentemente vítima do tráfico ilegal de animais silvestres. “Muitos são retirados da natureza ainda filhotes e criados em cativeiro. Quando atingem a maturidade, podem se tornar agressivos e representar risco aos próprios tutores”, explicou.
A operação, que resultou em 128 mortes, foi considerada a mais letal da história do estado e continua gerando intenso debate sobre a violência policial e o papel das forças de segurança.
Enquanto isso, a foto do “macaco policial” tornou-se símbolo de um dos dias mais marcantes — e contraditórios — da segurança pública no Rio: um retrato de tensão, surpresa e humanidade em meio ao caos.









