Durante discurso em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a causar repercussão ao sair em defesa da Venezuela e de Cuba, em meio ao aumento da pressão internacional sobre o regime de Nicolás Maduro. Sem citar nomes, Lula criticou governos estrangeiros — especialmente os Estados Unidos — por interferirem nos assuntos internos de outros países.
“Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele próprio. O que defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, afirmou.
A fala foi feita durante o 16º Congresso do PCdoB, em Brasília, e reacendeu o debate sobre a posição do Brasil diante de regimes autoritários latino-americanos. Enquanto aliados elogiaram a defesa da soberania nacional, críticos acusaram o presidente de passar pano para ditaduras.
Nos bastidores, a declaração foi interpretada como uma resposta indireta a políticos e comentaristas que afirmam que o governo petista “seguiria o caminho da Venezuela”. Lula, no entanto, reforçou que o Brasil tem seu próprio rumo e que a autodeterminação dos povos deve ser respeitada.
As declarações geraram intensa repercussão nas redes sociais e entre analistas políticos, que veem na postura do presidente uma tentativa de reposicionar o Brasil como mediador regional, mas também uma reaproximação polêmica com governos autoritários.