Locutor esportivo José Silvério, que começou a carreira em Lavras, pode se aposentar

O locutor esportivo José Silvério, 71 anos, deverá se aposentar em dezembro deste ano, quando venceria o seu contrato com a Rádio Bandeirantes. A notícia caiu como uma bomba no noticiário esportivo e entre os fãs do locutor que marcou uma geração de torcedores nos anos 70, 80 e 90.

A informação foi revelada pelo jornalista do portal UOL, Flávio Ricco, o qual afirma que Silvério conversou com “fontes importantes” da rádio Bandeirantes sobre sua decisão de parar de narrar jogos de futebol após o fim de seu contrato. Segundo Ricco, ele não teria interesse em renovar o seu contrato.

Com 53 anos de carreira, inúmeros prêmios e considerado uma espécie de lenda do rádio brasileiro, José Silvério começou sua carreira na rádio Cultura de Lavras em 1965, consagrando-se na Rádio Jovem Pan e desde 2000 à frente das principais partidas esportivas da Rádio Bandeirantes. Mesmo tendo nascido em Itumirim, ele passou a maior parte da juventude em Lavras para onde se mudou coma família.

Em entrevista ao jornalista Adriano Wilkson do mesmo portal UOL, divulgada nesta quarta-feira, dia 16, Silvério desconversou sobre a informação. “Que eu vou parar, isso é óbvio. Quando eu morrer, por exemplo, é claro que eu vou parar de narrar. Quando isso vai acontecer eu não sei. Mas amanhã eu posso ter um ataque. Ou posso ganhar na loteria, e aí vou sair para viajar”, afirmou ao repórter.

O locutor que “mistura futebol com poesia de um jeito belo e sutil e cria imagens inesquecíveis” afirma na reportagem que teme o fantasma do desemprego. Com a crise que afeta o setor do jornalismo e o corte de custos, seu futuro seria incerto. “Se não quiserem renovar, vou procurar outro lugar pra trabalhar. Mas e se ninguém quiser dar emprego para um velho de 70 anos?”, se pergunta Silvério.

O “Pai do Gol” costuma passar temporadas em Lavras, onde vem para rever os amigos e familiares. Se a notícia de fato se confirmar, é possível afirmar que o universo esportivo do rádio brasileiro jamais será o mesmo sem ele.

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