Um avanço silencioso, mas de enorme impacto, está transformando o cuidado com a saúde pública no Sul de Minas. O Laboratório de Moléculas (Labmol), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), tornou-se referência regional em diagnósticos moleculares de alta precisão, atendendo atualmente 50 municípios e beneficiando milhares de pessoas.
Criado em meio à pandemia, o Labmol nasceu para identificar casos de COVID-19, mas expandiu rapidamente sua atuação. Hoje, realiza média de 750 exames por mês — somando 6.500 análises apenas entre janeiro e setembro de 2025. O grande diferencial é a agilidade dos resultados, que antes podiam levar meses quando processados em Belo Horizonte. Agora, os laudos são liberados em até 24 horas, e em momentos de grande demanda, no máximo em três dias.
🌡️ Diagnósticos de ponta
Atualmente, o laboratório realiza exames para 11 tipos de doenças virais, entre eles:
• Os quatro sorotipos da dengue
• Zika e chikungunya
• Influenza A e B (incluindo H1N1 e H3N2)
• Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
Segundo o coordenador do Labmol, professor Bruno Del Bianco Borges, o impacto é direto nas ações de prevenção:
“O diagnóstico rápido e preciso permite às autoridades tomarem medidas imediatas de controle epidemiológico. Quando identificamos um novo sorotipo, como o da dengue tipo 3, conseguimos emitir alertas preventivos que ajudam a conter surtos.”
🔬 Expansão e futuro
Com o apoio da Fundecc (Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural), o Labmol planeja novos avanços. A partir de 2026, o laboratório vai começar a analisar a qualidade da água, ampliando seu papel na vigilância sanitária regional e reforçando a posição da UFLA como um centro de excelência científica em Minas Gerais.
Mais do que uma estrutura de pesquisa, o Labmol representa um marco na descentralização da saúde pública, colocando Lavras no mapa da ciência aplicada e garantindo diagnósticos rápidos, eficientes e acessíveis para todo o Sul de Minas.