A equipe da Delegacia de Mulheres de Lavras realizou na segunda-feira, dia 6, a prisão de um jovem de 20 anos suspeito de violentar e estuprar uma mulher.
Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na madrugada fria do dia 21 de maio, quando a vítima, uma mulher de 32 anos, voltava para casa sozinha, após brigar com seu namorado, no bairro Joaquim Sales. Ela retornava da última edição do Lavras Rodeio Festival, quando o suspeito, munido uma faca, a espancou violentamente, impossibilitando-a de qualquer resistência.
Com base em filmagens de câmeras da de segurança de residências próximas ao local do crime, a equipe de investigadores da Polícia Civil conseguiu localizar o suspeito. Apesar de ter se negado a fornecer o material genético para comparação de DNA, ele foi prontamente reconhecido pela vítima.
A delegada responsável pelo caso, Drª. Ana Paula Santana de Resende Arruda, pediu a pressão preventiva dele, que foi encaminhado para o Presídio de Lavras 17 dias depois da ocorrência do crime. Caso condenado, o jovem pode pegar até 20anos de cadeia.
Um outro estupro foi registrado em Lavras há dois meses, com a prisão em flagrante do autor no bairro Novo Horizonte. Nesse caso, a vítima também andava sozinha na rua durante a madrugada.
Segundo Drª. Ana Paula, as imagens das câmaras de segurança mostram o rapaz perambulando pelo local, o que dá entender que o suspeito esperava por uma vítima para poder praticar o crime. O jovem não tem passagens pela polícia.
“O crime de estupro é muito peculiar. O autor não faz dele um meio de vida, como em outros criminosos. Isso tem haver com um desequilíbrio psíquico do estuprador”, revelou.
A delegada disse que os índices de violência contra a mulher continuam altos em Lavras. Ele alertou as mulheres que costumam trafegar por ruas altas horas da noite sozinha, o que facilita que o agressor ataque, mas ressaltou que nunca se pode atribuir à vitima a responsabilidade por esse tipo de crime.
“A gente vive em uma sociedade muito machista. O homem entende que a mulher pode ser um objeto. Ele entende que pode praticar um ato libidinoso ou sexual com violência independente da vontade dela”, finalizou Drª. Ana Paula.
