O Brasil encerrou o ano de 2024 com um leve recuo no número de bovinos, mas registrando recorde na criação de aves, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM).
De acordo com o levantamento, o rebanho bovino brasileiro somou 238,2 milhões de cabeças, uma queda de 0,2% em relação a 2023. O resultado representa a perda de aproximadamente 476 mil animais, mas ainda assim garante ao país o segundo maior número da série histórica, iniciado em 1974, ficando atrás apenas do desempenho de 2023.
Enquanto o gado apresentou retração, as aves bateram recorde. O Brasil alcançou a marca de 1,6 bilhão de galináceos em 2024, o maior patamar já registrado. Entre eles, o destaque foi para as galinhas destinadas à postura e criação, que chegaram a 277,5 milhões de cabeças, também o maior volume da história.
Os números revelam um movimento de ajustes na pecuária nacional, marcado por redução na bovinocultura e expansão acelerada da avicultura, setor que se fortalece diante do consumo interno aquecido e da alta competitividade do Brasil no mercado internacional.
Com esses resultados, o país reforça sua posição de destaque no agronegócio global, conciliando a tradição da pecuária bovina com a força crescente da produção de aves.