Hospital Vaz Monteiro mantém procedimentos cardíacos e salva vidas na pandemia

 

 

O Hospital Vaz Monteiro é hoje um dos mais modernos centros médicos da região e referência em cardiologia diagnóstica e terapêutica em Minas Gerais. Mesmo nesses sombrios tempos em que a pandemia de Covid 19 sobrecarrega o sistema de saúde, os portadores de doenças cardiovasculares em muitos casos não podem se dar ao luxo de aguardar uma resolução para seus problemas, que em muitos casos trazem risco à suas vidas.

Nesse mês, o Departamento de Cardiologia do hospital realizou várias intervenções para tratamento de pacientes de Lavras e da região devido a arritmias cardíacas complexas, defeitos congênitos do coração, obstruções das artérias coronárias e doenças graves de válvulas.

 

Alguns dos procedimentos realizados são exclusivos do Vaz Monteiro no interior de Minas Gerais e, até recentemente, ocorriam apenas em grandes hospitais de Belo Horizonte e São Paulo.

Como exemplo, utilizando modernissimo equipamento da Abbott, o Vaz Monteiro realiza a avaliação do RFR (Resting Full Cicle ratio – proporção do Ciclo Completo de Repouso), que permite, por meio do cateterismo cardíaco, realizar o estudo fisiológico do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias identificando, desta forma, a gravidade das lesões que podem ser classificadas em nível grave ou intermediário, definindo a necessidade ou não de angioplastia e do implante de stent.

De acordo com o Dr. Marcos Cherem “o RFR é um exame de análise fisiológica do fluxo sanguíneo dentro das coronárias, fazendo as medidas de pressão antes e após obstruções arteriais, sendo que, através de uma análise computadorizada, determina a necessidade ou não de realizar uma angioplastia em determinada artéria coronária”.

O RFR permite a maior precisão nas indicações de tratamento de entupimentos duvidosos: clínico ou intervencionista. Como explicou o Dr. Dirceu Dias Barbosa Sobrinho “após a fração de fluxo ser determinada consegue-se, de forma segura, dizer se aquela lesão precisa ou não ser tratada. ‘Ser tratada’ significa saber se tem ou não a indicação de fazer uma angioplastia com o implante do stent – material utilizado para desobstruir uma coronária, ou manter apenas medicações e medidas não farmacológicas”.

Também foram executados procedimentos como a ressincronização cardíaca para tratamento da Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) grave, permitindo ao coração “bombear” o sangue com maior eficiência. Igualmente foi realizado implante de Cardiodesfibrilador Implantável (CDI), visando corrigir automaticamente taquiarritmias ventriculares que, de outra forma, poderiam levar à morte súbita. Foram feitos ainda Estudos Eletrofisiológicos para Ablação de Arritmias (EEF), em que foram tratados diferentes casos, entre os quais um de Síndrome de Wolff Parkinson White.

Defeitos congênitos do septo interatrial foram corrigidos sem a necessidade de abertura da caixa torácica e sem pontos, sendo que em um homem com mais de 70 anos havia duas grandes descontinuidades que foram reparadas totalmente através desse método, encerrando-se um problema que já havia causado inclusive um derrame cerebral. “A imensa maioria das nossas intervenções permite, mesmo em casos complexos, que os pacientes recebam alta em poucas horas, o que é outro diferencial do Vaz Monteiro nesses tempos de Covid” pontua Dirceu Dias.

Já no dia 15 foi realizada mais uma Troca Valvar Aórtica percutânea (TAVI), em que uma paciente de 93 anos teve a substituição da válvula aórtica por uma prótese Evolute Pro Medtronic, durante procedimento que durou menos de uma hora e meia, cujo acesso foi através de punções em artérias femurais. Apesar da idade e da complexidade a paciente recebeu apenas sedação – sem anestesia geral – e foi liberada para sua casa menos de 24 horas após sua cirurgia.

Desde o início da pandemia de Covid o Vaz Monteiro abriu leitos exclusivos e extras para tratamento continuado dessa patologia, sendo que em média nas últimas semanas tem mantido mais de 20 pacientes internados diariamente, além de realizar dezenas de atendimentos ambulatoriais, sendo que 100% dos leitos da UTI Covid são para uso do SUS, reforçando o compromisso da instituição com a filantropia.

Segundo Dr. Marcos Cherem “mesmo com a pandemia de Covid as pessoas continuam necessitando do atendimento a outras condições que trazem risco de vida, sendo que as doenças cardiovasculares são, há muito tempo, uma das principais ameaças à saúde de milhões de brasileiros. Aqui no Vaz Monteiro contamos com uma equipe de 8 cardiologistas, hemodinamicistas, cardiologista pediátrica, arritmologistas, ecocardiografistas, cirurgiões cardíacos, anestesistas, radiologistas, intensivistas, além de profissionais de enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição, que se esforçam para oferecer os melhores diagnósticos e tratamentos aos pacientes. Além disso, equipamentos modernos e o apoio total da administração da instituição oferecem ótimas condições para atingirmos nosso objetivo de, através de muito trabalho, salvar vidas sem a necessidade do deslocamento para outras cidades e estados. Graças a Deus temos tido sucesso”.

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