Um dos mais prestigiados clubes da cidade, o Lavras Sport Clube, surgiu em um campinho de futebol “esburacado e empoeirado” por iniciativa de dois times formados por meninos amantes de uma boa pelada de rua. A trupe em peso: Solon, Ezelino, Geraldo, Marreta, Getúlio, Renaut, Jonas Soeiro, Selvatti e Juca Procópio. De um lado, os garotos da Rua Firmino Sales, de outro, a molecada do Campo do Cemitério. O ano era 1913.
Mas esse é apenas a ponta do novelo da história do time agora recosturada de forma inigualável pelas mãos do professor, jornalista e escritor lavrense Fernando Octávio de Avellar, autor do livro “Um Século em Azul, Vermelho e Branco”, cuja proposta é recontar a trajetória do clube que passou a usar o nome de Associação Olímpica de Lavras em 1937.
Um trabalho jornalístico de fôlego que demorou três anos para ser concluído. Fernando revela que mergulhou em arquivos públicos e privados, onde pode fazer um levantamento minucioso de datas, imagens fotográficas e histórias.
Mais do que um mero registro historiográfico, o livro mostra como o futebol acabou por se mesclar aos acontecimentos da cidade. Dessa maneira, ele serve como uma narrativa memorialística impecável, onde o autor, testemunha ocular dos fatos, revive personagens que ajudaram direta ou indiretamente a manter viva a memória do time tricolor.
Lançado em janeiro, o livro foi custeado com recursos próprios do jornalista. O volume pode ser encontrado para compra na banca de jornal ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Banca do Lico.